Santa Catarina arrecadou R$ 66,3 bilhões em tributos federais ao longo de 2019, mas apenas R$ 6,7 bilhões voltaram ao Estado pelo Orçamento Geral da União — aprovado um ano antes. O retorno foi de apenas 10%. Os dados, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, foram apresentados pelo presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, ao vice-presidente Hamilton Mourão, que participou de evento promovido pela entidade nesta sexta-feira (28), em Florianópolis.

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Ao retratar o descompasso entre aquilo que é produzido pelo Estado e o que efetivamente é revertido em recursos, os industriais catarinenses tentam sensibilizar o governo federal em relação aos problemas da infraestrutura catarinense. Isso inclui a duplicação da BR-470, que cruza o Vale.

A Mourão, a Fiesc destacou que, dos 209,2 quilômetros de obras de ampliação de capacidade e duplicação de rodovias federais estratégicas para o Estado, apenas 14,2 quilômetros foram entregues nos últimos 10 anos. É um trecho que cobre justamente parte do lote 2 da duplicação da BR-470, entre Gaspar e Ilhota. A lista, porém, inclui também as BRs 280 e 163.

A federação aproveitou a oportunidade para solicitar ao vice-presidente apoio para considerar, no plano de concessões do governo, o "eixo natural" ligando o Oeste catarinense ao Litoral, que inclui a BR-470. A visão da entidade contrapõe a proposta de concessão de trecho da BR-282 (SC), adicionado de segmento da BR-153 (SC/PR) e da BR-476 (PR). Para Aguiar, essa formatação traria efeitos negativos para a logística da indústria e para a infraestrutura catarinense.

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