O governo de Santa Catarina pediu à Coteminas que apresente, nos próximos dias, um plano com detalhes dos investimentos que a Shein estaria disposta a fazer no Estado. O material vai subsidiar a Secretaria da Fazenda. A partir das informações entregues, a área técnica da pasta deve estudar que tipos de incentivos fiscais seriam possíveis oferecer a uma eventual operação da gigante asiática em território catarinense.
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A “lição de casa” foi encomendada durante reunião na tarde desta terça-feira (30) em Florianópolis. Estiveram presentes representantes da fábrica da Coteminas em Blumenau, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) e o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert. A primeira agenda oficial envolvendo empresa, prefeitura e governo catarinense para tratar do assunto foi considerada positiva.
A alternativa para a fábrica da Coteminas em Blumenau nas conversas com a Shein
A pauta tratou sobre a possibilidade de o Estado abrigar um polo de produção e revenda da Shein. O plano de negócios pedido deve levantar informações, ao menos preliminares, sobre investimentos, perspectivas de crescimento, geração de empregos e possíveis prazos.
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— Temos interesse nesse projeto — diz Siewert.
Em abril, Shein e Coteminas anunciaram uma parceria com vistas à expansão da multinacional de fast fashion no Brasil. O acordo, segundo divulgado à época, envolveria um esforço conjunto para que 2 mil clientes de confecção da empresa brasileira passassem a ser fornecedores da Shein, cuja meta seria atingir 85% das vendas no país a partir de produtos fabricados localmente.
Neste contexto, a fábrica que a Coteminas mantém em Blumenau pode ser uma porta de entrada para a Shein em Santa Catarina. O presidente da empresa têxtil, Josué Gomes, já garantiu que a unidade catarinense será mantida, apesar do processo de reestruturação interna pelo qual passa a companhia.
— Eles (a Coteminas) têm total interesse (no investimento) em Blumenau, desde que haja condição para isso — acrescenta Hildebrandt,
Blumenau quer preservar e expandir a estrutura para garantir os mais de mil empregos gerados – e já acena com a isenção de IPTU por mais tempo –, o governo do Estado vê o projeto com bons olhos e a Shein sinaliza que, dentro de um cenário fiscal atrativo, vai investir em Santa Catarina. Com os envolvidos aparentemente na mesma página, fica mais fácil encontrar uma solução que deixe todos satisfeitos.
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