O ativismo pelos direitos humanos e a defesa de pautas progressistas, postura que costuma bater de frente com o eleitorado mais conservador, não deve ser um problema para uma eventual gestão do PSOL em Blumenau, avalia a advogada Rosane Martins, candidata à prefeita pela legenda:

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

— Quando a gente fala que quer uma cidade antirracista, queremos ver pessoas negras em espaços de liderança e poder. É uma construção diferente, onde a gente valoriza o que Blumenau tem de bom, mas também faz algumas críticas do que Blumenau exclui e esconde. Isso às vezes causa um desassossego nas pessoas, mas é para o bem — disse Rosane em entrevista ao Jornal do Almoço desta sexta-feira (27).

Saiba tudo sobre as Eleições 2024 em SC

Última entrevistada da série de sabatinas que a NSC TV fez com os cinco prefeituráveis da cidade, Rosane defendeu que a candidatura dela é “democrata” e tem capacidade de diálogo com toda a sociedade civil para construir o que seria melhor para a cidade.

Continua depois da publicidade

Isso incluiria uma eventual negociação com a Câmara de Vereadores. Disputando em chapa pura, o PSOL lançou apenas seis nomes ao Legislativo e, mesmo que todos fossem eleitos, a advogada teria minoria em um plenário com 15 cadeiras.

Ao longo dos 30 minutos de entrevista, a advogada defendeu a liberdade de expressão, falou o que pensa sobre a regulamentação da cannabis e disse que foi o PSOL quem, primeiro, trouxe para a mesa o debate sobre a tarifa zero no transporte coletivo, pauta que alguns de seus concorrentes agora defendem.

Sobre a catraca livre, ela citou o exemplo de Caucaia (CE), cidade de porte semelhante a Blumenau onde o benefício é oferecido desde 2021. Lá, a despesa que antes era gasta na passagem foi direcionada ao comércio e ao setor de serviços, o que segundo Rosane provocou um “aumento na economia”. Um eventual primeiro ano de governo serviria para “negociar” o assunto, com possível implantação a partir de 2026.

A candidata do PSOL falou também em auditar os contratos de concessões do transporte coletivo e do esgoto, disse ser contra as fossas sépticas – alternativa que barateia o sistema e foi acrescentada ao contrato com a BRK –, defendeu a construção de duas novas estações de tratamento de água (ETAs) e cobrou a finalização de creches.

Continua depois da publicidade

Na saúde, disse ter planos para construir duas unidades de pronto-atendimento (UPAs e, falou em editais para contratação de mais médicos e enfermeiros, embora não tenha apontado qual seria a defasagem desses profissionais na rede municipal.

Assista a entrevista de Rosane Martins (PSOL) ao Jornal do Almoço na íntegra

Assista às entrevistas anteriores

Delegado Egídio (PL)

Odair Tramontin (Novo)

Ricardo Alba (Podemos)

Ana Paula Lima (PT)

Leia também

Gigante têxtil de Blumenau anuncia novo presidente

Casinha de madeira de mais de 50 anos vira hostel no quintal da Oktoberfest Blumenau

FOTOS: Como ficou o novo parque de Blumenau que é duas vezes maior que o Ramiro

WEG vai investir R$ 543 milhões para ampliar fábricas de transformadores no Brasil

Receba notícias e análises do colunista Pedro Machado pelo WhatsApp