A Ricardo Eletro conseguiu reverter na Justiça a decretação de falência da empresa. A 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial de São Paulo suspendeu na sexta-feira (10) a decisão em primeira instância tomada dois dias antes. Com isso, a Máquina de Vendas, proprietária da varejista, volta ao estágio da recuperação judicial.
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O desembargador Maurício Pessoa, relator do caso, entendeu que a manutenção da quebra poderia “gerar danos irreversíveis”. A suspensão é válida até o julgamento do recurso pelo colegiado em segunda instância.
Na quarta-feira (8) o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, havia decretado a falência da empresa ao concluir pela “inviabilidade financeira” da operação. A Máquina de Vendas entrou com um agravo de instrumento pedindo um efeito suspensivo da decisão.
O grupo sustentou que nenhum credor ou interessado nos autos havia requerido a decretação de falência antes que a empresa tivesse a oportunidade de prestar esclarecimentos ou se posicionar sobre os fundamentos adotados para justificar a quebra.
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A Máquina de Vendas acrescentou ainda que não houve liquidação substancial ou esvaziamento patrimonial, como apontado na decisão de primeira instância. E que o decreto de falência só poderia ocorrer se o plano de recuperação judicial fosse descumprido, o que não teria ocorrido.
O grupo já esteve entre as maiores redes varejistas do Brasil, rivalizando como nomes de peso como Magazine Luiza e Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio. Em 2012, comprou a catarinense Salfer, consolidando a expansão para a região Sul do Brasil. Nos últimos anos, no entanto, sofreu com o crescimento das dívidas e dificuldades operacionais.
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