Abandonado há anos, o antigo casarão que abrigou uma filial da Companhia Industrial e Comercial Salinger no bairro Itoupava Seca, em Blumenau, pode voltar a ganhar vida. Furb e secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Empreendedorismo abriram uma frente de conversas para avaliar um novo projeto de restauração do imóvel, conhecido no passado como Casa Salinger.

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A discussão ainda é preliminar porque esbarra em questões burocráticas. Apesar de ter anunciado a compra do casarão em 2003, a universidade ainda não terminou de pagar o imóvel, que é tombado como patrimônio histórico municipal. Mas está quase lá. Segundo a reitora Márcia Sardá Espíndola, a última parcela será quitada em setembro. A posse em definitivo deve acelerar as tratativas.

Quem passa em frente ao imóvel, que fica ao lado do campus 2 da universidade, percebe movimentação de trabalhadores. Mas a obra ali é de alargamento da calçada, dentro do projeto do Centro de Inovação. Para a Casa Salinger, a ideia inicial é fazer uma concessão pública e reativá-la, mas mantendo a sua vocação original e agregando valor à proposta do distrito de inovação da região, diz o secretário Moris Kohl.

O imóvel de 680 metros quadrados foi construído em 1885 por Gustav Salinger, que quatro anos depois se tornaria prefeito de Blumenau – ele também foi o primeiro presidente da Acib, a associação empresarial. Ali, por muitos anos, funcionou um armazém de produtos coloniais, que chegavam pelo Rio Itajaí Açu, localizado aos fundos. Mas o local também serviu de fábrica de charutos e cigarrilhas. Em 1993, a estrutura ficou comprometida depois de um incêndio.

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Casa Salinger
Projeto chegou a ser apresentado pela Furb em 2014, mas não saiu do papel (Foto: Divulgação)

A possibilidade de restauração é uma boa notícia, mas a história recente recomenda contenção da euforia. Desde que a Furb anunciou a compra do imóvel, projetos de reforma foram apresentados, mas nunca vingaram. Um deles, de 2014, pretendia transformar o local em um espaço cultural, com museu, galeria, escola de gastronomia, restaurante e teatro. Não saiu do papel porque não apareceram interessados.

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