Bola da vez no ramo supermercadista, o atacarejo não tem vez dentro do Bistek. A rede varejista até chegou a considerar a alternativa, mas decidiu não embarcar no nicho de negócio mais explorado pela concorrência atualmente. Em vez disso, o foco da empresa se voltou ao modelo tradicional, o “supermercado raiz”, nas palavras do diretor comercial Walter Ghislandi.
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— Não fomos para o atacarejo. Focamos essencialmente no varejo puro, o “supermercado raiz”. E estamos tendo sucesso — diz o executivo, que acrescenta que o objetivo do Bistek é ser um especialista neste modelo.
Esse “supermercado raiz”, segundo Ghislandi, é aquela loja de vizinhança, não muito grande – até 2,5 mil metros quadrados de área –, com atenção especial aos perecíveis e onde o contato com a freguesia, de classe média, é mais direto. Além disso, a rede também está atenta a formatos ainda menores, semelhantes a uma grande conveniência. Este modelo irá estrear em Balneário Camboriú, como já antecipou a coluna.
Em 2023, as vendas do Bistek cresceram 17%, para R$ 1,96 bilhão. Hoje com 25 lojas, a rede abriu três novas unidades no Rio Grande do Sul no ano passado – duas em Porto Alegre e uma em Sapiranga –, com investimento de cerca de R$ 60 milhões.
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Para 2024, duas novas operações estão previstas para Florianópolis – uma na Ilha, no Itacorubi, e outra no continente, que deve ficar pronta entre setembro e outubro. Mas embora seja o berço da empresa, Santa Catarina não é prioridade na expansão no momento. O crescimento do Bistek, no curto prazo, passará principalmente pelo estado vizinho, diz Ghislandi.
Uma unidade em Tramandaí (RS) deve abrir as portas ainda neste ano – com as duas operações na capital catarinense, os investimentos devem chegar a R$ 100 milhões em 2024, com geração de 450 a 500 novos empregos. Até o fim de 2025, porém, o plano é dobrar o número de lojas no Rio Grande do Sul, de cinco para 10.
— Achamos que temos um espaço muito bom para o nosso modelo — acredita Ghislandi.
Depois de um 2023 em que considerou um “ano mágico”, o diretor projeta novo crescimento para 2024, com receita estimada em R$ 2,5 bilhões. O planejamento estratégico da rede prevê a abertura de pelo menos três novas lojas por ano.
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