A pré-candidatura de Ricardo Alba (Podemos) à prefeitura de Blumenau, oficializada nesta semana, adiciona mais um nome ligado à direita na disputa pela terceira maior cidade de Santa Catarina. Este campo já é povoado por Egídio Ferrari (PL), Odair Tramontin (Novo) e, com discurso mais de centro-direita, Maria Regina Soar (PSDB) – os três já se movimentam há mais tempo com vistas às eleições de outubro. A pulverização de alternativas sugere uma potencial divisão de votos de parte do eleitorado mais alinhado a esse espectro político.
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Confirmado, esse cenário tende a beneficiar particularmente um nome: Ana Paula Lima (PT). Ainda que minoria em Blumenau, a militância petista é fiel. Ana Paula fez 24,5 mil votos na cidade em 2022, quando elegeu-se para a Câmara dos Deputados, amealhando um capital político importante. Se correr em raia livre no campo da esquerda – a advogada Rosane Magaly Martins também é pré-candidata pelo PSOL –, a deputada federal pode aumentar as chances de abocanhar uma vaga no segundo turno.
A história recente indica que essa possibilidade existe. Nas eleições ao governo do Estado em 2022, Décio Lima (PT) surpreendeu ao ser o segundo mais votado no primeiro turno, contrariando as pesquisas iniciais. Na ocasião, a direita dividiu votos entre Jorginho Mello (PL), Esperidião Amin (PP) e Carlos Moisés (Republicanos).
Neste momento que antecede a campanha de fato, o lançamento de pré-candidaturas serve para mostrar que os partidos estão no jogo. Nem sempre quem disse que vai concorrer estará de fato em uma cabeça de chapa. Muitas vezes colocar o time em campo é uma forma de medir a aceitação do eleitor, animar a militância e até mesmo barganhar espaços em outros coligações, como uma vaga a vice.
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