Uma empresa que ajuda outras empresas a saírem da crise, “trabalhando em todas as frentes”. Assim se apresenta em seu site a Bretton Participações, holding de São Paulo que tem interesse em comprar a Teka, de Blumenau, conforme revelado pela coluna.
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O portfólio de serviços anunciado inclui atuação em cinco áreas de negócios: reestruturação empresarial, análise de investimentos, renegociação de dívidas, sucessão e M&A (fusões e aquisições). Sem citar nomes de clientes, a Bretton informa ter atuado junto a empresas de setores como engenharia, saúde, energia, indústria, tecnologia, infraestrutura e agronegócio.
No caso da Teka, a holding buscou ajuda de uma boutique especializada em M&A para elaborar o que chama de “um plano de recuperação” para a fabricante blumenauense de artigos de cama, mesa e banho. Além de ressaltar o passivo e o prejuízo operacional da companhia, a Bretton cita um endividamento crescente e custos da operação elevados, pontos que de acordo com ela poderiam ser sanados por uma nova gestão.
A saída, para a holding, incluiria aportes de linhas de crédito de R$ 25 milhões – valor que poderia subir para R$ 50 milhões –, vindas de fundos de investimentos, para fomentar a produção, e auditoria fiscal para equalização do rombo tributário. Os ajustes seriam o primeiro passo para aumentar o faturamento e melhorar o resultado operacional líquido da Teka, reduzindo as dívidas ao longo dos próximos anos.
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Em uma apresentação da proposta enviada à 2ª Vara Cível de Blumenau, o grupo diz que “possui experiencia em gestão de ativos com alto grau de endividamento, estrutura jurídica moderna a acesso a capital de giro suficiente para fazer a empresa crescer”. Também classifica a Teka como “uma excelente oportunidade de negócio”, apesar das dívidas acumuladas pela empresa.
“Não há dúvidas de que o deferimento do pedido de aquisição da empresa seria a melhor forma de afastar o risco de falência iminente em que se encontra a Teka e permitir que a empresa tenha chances comprovadas de recuperação/reestruturação, garantindo a preservação de postos de trabalhos, manutenção de contratos com fornecedores e prestadores de serviços, recolhimento de tributos e quitação dos débitos”, diz a Bretton em manifestação endereçada à Justiça.
O plano, no entanto, estaria condicionado à troca dos atuais membros do conselho de administração e da diretoria da Teka – a Bretton já tem uma lista de nomes indicados. Hoje a empresa é conduzida pela gestora judicial Fabiane Paula Esvicero, efetivada no cargo de presidente em junho de 2019 após assembleia de credores. Ela substituiu o ex-presidente Frederico Kuehnrich Neto, afastado da companhia um ano antes por determinação judicial.
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