Nem mesmo o incêndio de 2015 que atingiu parte das instalações de sua matriz freou a Blukit. A empresa blumenauense, que fabrica produtos hidráulicos e acessórios para cozinhas e banheiros, como sifões e torneiras, não deixou de crescer desde que as chamas provocadas por um curto-circuito em um exaustor consumiram parte de seu estoque quatro anos atrás.

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Na contramão da recessão dos últimos anos, manteve o fôlego. Como fornece itens usados em reparos, viu as vendas aumentarem pelas mãos de gente que, em vez de comprar uma torneira nova, por exemplo, optava por uma peça para consertar a que havia estragado.

Curiosamente, o câmbio também ajudou. Ao contrário de vários de seus concorrentes, a empresa tem produção praticamente toda própria e pouco depende de produtos importados, que subiram de preço com a disparada do dólar.

— Hoje 80% das nossas vendas vêm de produtos fabricados internamente — conta o diretor comercial Ronaldo Fagundes.

Incêndio Blukit
Incêndio em agosto de 2015 comprometeu boa parte da matriz da empresa, no bairro Velha (Foto: Rafaela Martins, BD)

O ano de 2019, diz Fagundes, deve fechar com alta de 11% no faturamento. A Blukit também está investindo na modernização do seu parque fabril, com a compra de novas máquinas. Não abre o valor do aporte, mas ele chega a “muitos milhões”, segundo o diretor.

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As perspectivas são ainda melhores para 2020: o plano é crescer pelo menos 15%. Parte do otimismo se deve aos recentes bons resultados da construção civil. O segmento é um dos que está puxando o PIB nacional para cima. Em Blumenau, o setor também avança a olhos vistos. Para a Blukit, no entanto, o respingo acaba chegando um pouco mais tarde: a empresa entra na fase de acabamento das obras.

Outra meta da companhia é ampliar sua presença junto ao mercado consumidor popular. Uma das estratégias é vender a preços mais acessíveis produtos que ajudem a economizar água, como torneiras temporizadas – aquelas que são acionadas com um botão e interrompem o fluxo depois de alguns segundos.

A expansão no mercado internacional também está no radar. A Blukit já exporta para Uruguai, Argentina, Paraguai, Equador, Panamá e Estados Unidos. Agora, está de olho no Colômbia.

750

É o número de funcionários da Blukit. A produção contempla mais de 4 mil itens e está dividida em duas unidades fabris: uma de metalurgia, na Velha, e outra de plásticos, na Itoupava Central, bairro que também abriga o centro de distribuição da empresa.

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Blukit
Empresa reformou todas as suas instalações após o incidente (Foto: Divulgação)