As maiores redes de supermercados de Santa Catarina mantiveram o pé no acelerador em 2024, em mais um ano de forte expansão do varejo alimentar. O investimento em reformas, ampliações e abertura de novas lojas chegou a R$ 1,6 bilhão, segundo levantamento exclusivo feito pela coluna junto às 10 principais empresas do setor em faturamento no Estado. Essa expansão também proporcionou a geração de 7 mil novos empregos diretos.

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Os números foram compilados de materiais informados pelas próprias redes ou então divulgados pela imprensa regional e especializada. A conta considera os grupos Pereira (dono do Fort Atacadista), Koch, Giassi, Angeloni, Mundial Mix (dono do Imperatriz e do Brasil Atacadista), Passarela, Bistek, Top, Superviza e Cooper – que se enquadra como cooperativa, mas foi considerada pela relevância dentro do segmento.

São mais de 50 lojas abertas em 2024, entre novas e remodeladas. O modelo de atacarejo predominou em mais da metade dessas unidades. A expansão se concentrou principalmente em Santa Catarina, mas algumas das redes aumentaram presença em outros mercados, com investimentos em estados como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

Confira o desempenho das principais redes em 2024

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— Foi um ano de grande expansão das redes, não só das grandes, mas das regionais também. Isso faz com que o nível de competitividade aumente cada vez mais no Estado — avalia Alexandre Simioni, presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats).

O dirigente destaca o poder de compra do catarinense e a valorização de produtos regionais, o que ajuda a fomentar o segmento. Por outro lado, ele alerta para alguns desafios, como a oscilação do preço de commodities e o aumento do dólar, que impacta em produtos que têm insumos importados.

Outro gargalo para o setor tem sido a mão de obra. As redes, revela o presidente da Acats, têm encontrado dificuldade para preencher os quadros de funcionários. O cenário vem acelerando um movimento de automatização de processos, como a profusão de autoatendimento em caixas e na padaria e no açougue das lojas, além de outros investimentos em tecnologias para ajudar na gestão e na produtividade.

O crescimento na taxa de juros também precisa ser visto com lupa, já que o setor supermercadista, em muitos casos, tem buscado recursos externos para a expansão – e um juro mais alto acaba afetando o resultado operacional.

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— A competitividade é alta, fazendo com que as margens baixem. Com falta de mão de obra e baixa produtividade, os custos são maiores. Então, com menos margem e mais despesa, há uma atenção redobrada quanto à sobrevivência. A gente enxerga que quem não está preparado para esse momento vai ter dificuldade pela frente — analisa.

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