A prefeitura de Blumenau decidiu terceirizar o Aeroporto Quero-Quero. Uma licitação prevendo que uma empresa privada assuma a gestão do terminal aéreo está sendo finalizada e o edital deve ser lançado até julho, estima o secretário de Trânsito e Transportes, Alexandro Fernandes. O futuro contrato com a vencedora deve ser de 12 meses, podendo ser prorrogado – modelo padrão neste tipo de vínculo.

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A terceirização já estava no radar da prefeitura há tempos. A coluna chegou a abordar a possibilidade em novembro de 2022. A alternativa é uma estratégia que deve ajudar a pavimentar o caminho para uma futura concessão do Quero-Quero por um período mais longo. Segundo Fernandes, a ideia em um primeiro momento é deixar o aeroporto “redondo”, com uma gestão de quem entende melhor do assunto. Com isso, ele pode se tornar um ativo mais interessante para potenciais investidores.

— A terceirização é mais simples e rápida. A concessão é mais demorada e precisa de mais informações para repassar a estrutura para a iniciativa privada — justifica o secretário.

Segundo Fernandes, uma equipe da secretaria está estudando outros aeroportos do país que já têm gestão terceirizada. Esta análise vai ajudar a balizar o modelo que está sendo desenhado para o Quero-Quero. Em uma futura concessão, o poder público pode cobrar do investidor a ampliação da estrutura, com novo hangar e salão de embarque, por exemplo.

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Por ora, o poder público – prefeitura e governo do Estado – tem bancado melhorias na infraestrutura do Quero-Quero, como o cercamento do aeroporto e as implantações de um novo asfalto na pista e do balizamento noturno, necessário para que pousos e decolagens possam acontecer durante a noite. Quem assumir o aeroporto receberá essas benfeitorias já prontas.

Seja em uma gestão terceirizada ou via concessão, o Quero-Quero deve manter a vocação da aviação executiva e servir de base para operações de resgate aéreo do Corpo de Bombeiros, além de transplante de órgãos. Mas no radar estão voos comerciais regulares, na carona dos oferecidos pela Azul durante a Oktoberfest do último ano. As rotas, observa Fernandes, devem ser regionais.

Hoje o custo de manutenção do Quero-Quero gira em torno de R$ 150 mil por mês, de acordo com o secretário. A atual gestão quer deixar a terceirização encaminhada, com gatilho para concessão. Resta saber se o próximo governo manterá os planos.

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