Um grupo de pessoas que se une na busca de soluções para problemas complexos. A descrição lembra uma startup, mas neste caso remete a uma equipe formada por servidores da prefeitura de Blumenau. Funcionários das secretarias de Saúde (Semus) e Gestão Governamental (SEGG) estão tirando do papel o primeiro laboratório público de inovação da cidade.

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Uma amostra do potencial da iniciativa veio neste domingo (31): o NauLab, como o projeto foi batizado, ficou com o primeiro lugar no iLabthon, uma maratona tecnológica promovida pela Rede Conexão Inovação Pública RJ para estimular a criação de espaços assim dentro de governos. Foram cerca de 130 projetos, de todo o Brasil, avaliados.

A ideia do NauLab existe há cerca de um ano, mas só agora começa a ganhar força – e a conquista do iLabthon deve dar um empurrãozinho a mais para ela enfim começar a criar corpo. Dentro do município já existe um escritório de projetos vinculado à SEGG, que está à frente da iniciativa. Na prática, a proposta funciona mesmo como uma espécie de startup, diz o diretor João Vítor Krieger.

— A ideia do laboratório é justamente imergir no problema e conseguir bolar uma abordagem diferente — conta.

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E que problemas são esses? Eles podem estar em qualquer área da gestão pública, mas nesta largada, até em função da pandemia, os olhares estão mais voltados à prestação de serviços na área da saúde. Ainda não há nenhum “case” a ser apresentado, mas diminuição de filas na área de ortopedia e melhorias na interface de atendimento ao usuário são alguns dos desafios já mapeados. Para Krieger, é preciso olhar para esses entraves de fora para dentro. Por isso a interação com quem precisa e utiliza os serviços será fundamental.

Como o próprio nome sugere, o NauLab será um espaço de testes. Identificado o problema, a equipe, formada inicialmente por oito pessoas vinculadas às duas secretarias, busca a resposta e desenvolve uma solução para ser testada em pequena escala. Se ela funcionar e der resultados, então o modelo poderá ser replicado. 

A iniciativa conta com uma parceria da Escola Técnica de Saúde, ligada ao SUS. Segundo Krieger, o próximo passo agora é estruturar o NauLab, o que inclui a busca por um espaço físico para que ele funcione. Mentorias, cursos e material didático recebidos como prêmio do iLabthon vão ajudar nessa tarefa.

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