Apresentado com pompa na quinta-feira (6), o projeto do novo Frohsinn em Blumenau ainda tem uma pendência a ser vencida. A proposta de reforma e ampliação do imóvel, que é patrimônio histórico da cidade, precisa passar pelo crivo do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado (Cope). A análise deve constar na pauta da próxima reunião do grupo, marcada para o dia 26 deste mês.
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O Cope pode sugerir alterações no projeto, mas a expectativa é de que não haja empecilhos. Em março de 2019, o próprio conselho aprovou uma ampliação do imóvel no Morro do Aipim (3,8 mil metros quadrados) muito maior do que a proposta agora (cerca de 2 mil metros quadrados).
À época, a avaliação foi do primeiro projeto apresentado pelo Restaurante Indaiá, na tentativa anterior de concessão. O processo, no entanto, acabou sendo desfeito justamente pelo fato de a empresa sugerir uma ampliação maior da área do que a autorizada em edital, o que poderia, no entendimento do município, provocar contestações jurídicas. Nova licitação foi lançada e novamente o Indaiá venceu a disputa.
O projeto apresentado na quinta-feira prevê um espaço com capacidade para receber entre 200 e 300 pessoas sentadas, mirante aberto ao público, terraço e lago ornamental. Além do restaurante, o Indaiá quer explorar eventos, principalmente casamentos, no local.
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O contrato já assinado com a prefeitura para a concessão soma R$ 3,6 milhões, mas os novos sócios estimam um investimento de até R$ 4 milhões. Presente na apresentação na quinta-feira, o empresário Gustavo Piffer disse à coluna que, se tudo correr no prazo, as obras podem começar ainda neste ano. Pelo edital, o espaço deve ser reaberto até setembro do ano que vem.
Teleférico
Neste meio tempo, os novos donos do Frohsinn vêm mantendo contato com o investidor Cicero Fiedler, que tem planos para construir um teleférico para ligar o novo Frohsinn à Prainha.
Circula dentro da prefeitura a informação de que Fiedler poderia incluir a gestão da área de lazer às margens do Rio Itajaí-Açu – que será um dos pontos de embarque do teleférico – no procedimento de manifestação de interesse (PMI) para instalar a atração, que deve ser apresentado em breve. A Prainha está passando por reforma e a prefeitura já sinalizou que, finalizadas as obras, também deve concedê-la à iniciativa privada.
Procurado pela coluna, Fiedler negou que tenha interesse em gerir parques ou praças públicas. Diz que, no momento certo, vai propor a instalação do teleférico. Segundo ele, ainda há variáveis jurídicas e técnicas pendentes, mas que a intenção é apresentar o PMI ainda nesse semestre.
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