A Câmara de Vereadores de Blumenau deve votar nesta terça-feira (27) um projeto de lei que autoriza o município a sepultar e manter os restos mortais de Jutta Blumenau-Niesel na cidade. Ela é bisneta do Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, que em 1850 fundou a colônia que mais tarde se transformaria na terceira maior cidade de Santa Catarina.

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A própria Jutta, hoje com 87 anos, já declarou mais de uma vez a vontade – inclusive expressa em testamento – de ter seus restos mortais colocados no Mausoléu Dr. Hermann Blumenau. Casada, mas sem filhos, ela é a única descendente direta da família ainda viva.

Pelo projeto de lei que tramita na Câmara, a família e o Centro Comercial e Científico Brasil-Alemanha vão providenciar a documentação e arcar com as despesas necessárias ao traslado do corpo de Jutta depois que ela falecer. O sepultamento e a manutenção do jazigo ficarão a cargo do município.

Jutta vem mantendo, nos últimos anos, contato com a prefeitura sobre programações alusivas à fundação de Blumenau e chegou a se encontrar com o prefeito Mário Hildebrandt na Alemanha em 2022.

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Em uma carta enviada em 2021, ela disse acompanhar “com grande interesse” as atividades do 200º aniversário de Fritz Müller, “uma personalidade notável de seu tempo, que se instalou em Blumenau ao lado de meu bisavô”. Neste mesmo documento, ela manifestou a intenção de ser enterrada no mausoléu junto de seus antepassados.

“É uma preocupação especial minha que meus restos mortais encontrem ali seu último lugar”, escreveu Jutta, pedindo à prefeitura que tomasse as providências necessárias para que “o desejo do meu coração” fosse realizado.

Na última semana, ao enviar o projeto ao Legislativo, Hildebrandt fez uma publicação nas redes sociais dizendo que o objetivo da proposta era “apenas cumprir o desejo declarado e registrado em testamento por Dona Jutta”.

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