Até mesmo empresas que já viram praticamente de tudo ficaram sem chão no início da pandemia. Na quase centenária Haco, uma das principais fabricantes de etiquetas tecidas do mundo, com sede em Blumenau, a crise do coronavírus despertou receio nunca visto. Por fornecer, além das etiquetas, tags, cadarços e outros acessórios que agregam valor a peças de roupa, o negócio da companhia é sensível ao mercado da moda. E o setor de vestuário foi justamente um dos que mais sofreu com restrições e fechamentos de lojas.

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— A gente ficou com medo. Nunca houve nada parecido e sem perspectiva — admite o presidente Alberto Conrad Lowndes, membro da quarta geração da família de imigrantes alemães que fundou a empresa na Vila Itoupava, em 1928.

Em determinado momento, pedidos pararam de entrar e clientes interromperam os pagamentos. A empresa chegou a desligar funcionários, aderiu à medida provisória que autorizou redução de jornada e salários, fez tudo que podia para minimizar os prejuízos. Na cabeça de Lowndes se martelava uma premissa: a Haco já passou por várias crises e vai sobreviver a mais essa.

E está sobrevivendo. Para o executivo, momentos de instabilidade como o atual geram movimento. E em meio à pandemia a Haco “olhou para dentro”, segundo ele, para identificar onde poderia se aprimorar. A empresa revisitou ações, digitalizou processos e investiu em automação.

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— A necessidade foi uma coisa maravilhosa, que puxou a gente — diz o presidente.

O mercado melhorou a partir do segundo semestre. Mesmo em cenário ainda delicado, a Haco está desembolsando cerca de R$ 18 milhões na ampliação da capacidade produtiva das fábricas – além da matriz em Blumenau, a empresa tem unidades em Massaranduba e Eusébio (CE), que juntas produzem anualmente 6 bilhões de etiquetas tecidas e mais de 60 milhões de metros de cadarços.

A estratégia também inclui investimentos em novas máquinas e na implantação de uma plataforma para aprimorar a gestão de relacionamento com clientes, com integração de serviços e mais agilidade no atendimento – o “como” tem cada vez mais peso do que o “que” na hora de entregar, diz Lowndes. 

A aposta já começa a render frutos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o faturamento da Haco entre janeiro e março deste ano subiu em torno de 15%.

Eleições no turismo

Duas organizações ligadas ao turismo elegeram novos comandantes na última semana. O empresário Manfredo Goede, de Pomerode, vai liderar a nova diretoria executiva da Instância de Governança Turística do Vale Europeu, grupo que tem por objetivo fomentar ações integradas para a promoção do setor entre as cidades da região – com o desafio à parte da pandemia.

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Já o também empresário Valmir Zanetti vai substituir Daniel Reginatto na presidência da Associação Vale da Cerveja, formada por 10 cervejarias dos municípios de Blumenau, Pomerode, Timbó, Gaspar e Indaial. O objetivo é continuar trabalhando na disseminação da cultura cervejeira.

Quiosque

A prefeitura de Blumenau enviou para a Câmara de Vereadores projeto de lei que prevê a concessão, por 12 meses, do quiosque do terminal de ônibus da Itoupava Central.

Internet

Em resposta a vereadores de Blumenau, a operadora TIM informou que prevê reforçar o sinal 4G em cinco torres da cidade neste ano. As estruturas estão instaladas nos bairros Itoupava Seca, Ponta Aguda, Asilo, Vila Nova e Itoupava Norte.

Transporte coletivo

Vereadores de Blumenau não ficaram satisfeitos com as explicações dadas pelo presidente da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir), Heinrich Pasold, sobre o parecer emitido pelo órgão no processo de reajuste tarifário do transporte coletivo da cidade – aquele polêmico documento que sugeriu que a passagem deveria ser de R$ 6,27 para garantir o equilíbrio financeiro do sistema. 

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Depois de falar aos parlamentares da tribuna na semana passada, Pasold deve voltar ainda neste mês ao Legislativo para prestar contas, mas desta vez em uma reunião da Comissão de Transportes.

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