Pelo visto o antigo Frohsinn não reabrirá as portas tão cedo como se imaginava. A prefeitura de Blumenau vai relançar o edital de concessão que prevê a exploração comercial do imóvel do alto do Morro do Aipim, na região central de Blumenau. A decisão representa uma nova reviravolta no caso, que parecia encaminhado depois que o Restaurante Indaiá, com unidades em Itapema e Florianópolis, havia sido declarado vencedor do processo em novembro passado.

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O impasse da vez diz respeito ao tamanho da ampliação do espaço. Pelo contrato, o imóvel, que tem cerca de 850 metros quadrados de área construída, poderia ganhar um acréscimo de 500 metros quadrados. No entanto, o projeto apresentado pelo Indaiá, que foi aprovado no Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado (Cope), prevê um aumento de 3,8 mil metros quadrados, com uma nova área para receber cerimônias de casamentos, por exemplo, a exemplo do que já existe em outras casas do grupo.

Essa possibilidade de expansão de metragem maior do que a prevista no edital poderia desencadear uma batalha jurídica, abrindo margem para que outros potenciais investidores que estavam de olho no Frohsinn, mas que não se sentiram atraídos pelas condições iniciais, questionassem o processo. Para não correr o risco de travar ainda mais a concessão nos tribunais, a prefeitura optou por recomeçar tudo do zero.

Segundo o secretário de Turismo e Lazer, Marcelo Greuel, o novo edital vai prever essa ampliação maior. As demais condições, diz, não devem sofrer mudanças. A expectativa da prefeitura era reinaugurar o espaço ainda neste ano, mas considerando a burocracia que envolve esse tipo de processo – análise das propostas e de questionamentos de eventuais derrotados na concorrência –, vai ficar para 2020.

Restaurante não vai questionar a decisão

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Embora já tenha feito alguns investimentos no projeto, o Indaiá não vai questionar a decisão. O representante do restaurante, Gabriel Piffer, disse à coluna que a empresa recebeu uma sinalização jurídica de que não haveria problema em propor uma ampliação maior do imóvel – a própria aprovação do projeto no Cope reforçaria esse aval.

Mas, diante da possibilidade de judicialização do caso, ele próprio admite que é melhor relançar o edital e afastar o risco de que a obra seja embargada em uma fase mais avançada. Segundo Piffer, o Indaiá quer tomar conhecimento do novo texto antes de decidir se participará novamente do processo.