Apresentado no final de julho passado, o pacote de concessões da prefeitura de Blumenau ainda não deslanchou. São 18 estruturas de prestação de serviços públicos cuja gestão o município pretende repassar para parceiros da iniciativa privada.
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O prefeito Mario Hildebrandt considera normal que os processos levem tempo. À coluna, disse que a expectativa é que resultados mais concretos comecem a aparecer em um prazo de seis meses a três anos.
Algumas iniciativas, como a construção de uma usina para geração de energia a partir de lixo, são mais complexas e demandam estudos mais aprofundados sobre o modelo ideal. Ainda assim, Hildebrandt quer acelerar o lançamento de editais em 2020, dentro do prazo legal previsto – ele é pré-candidato a reeleição neste ano.
O processo mais adiantado no momento é do pátio do Seterb. A expectativa é que a documentação com o modelo proposto seja encaminhada para análise do TCE ainda em janeiro. Praças e cemitérios públicos também estão adiantados, revela o prefeito, assim como o Mercado Público. O projeto original é de 2007 e passou por adequações para torná-lo mais atrativo à iniciativa privada.
— Do jeito que estava seria inviável e não se pagaria — diz.
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Hildebrandt também já determinou a contratação de uma consultoria que deve indicar o melhor caminho para a concessão da rodoviária, que há anos carece de melhorias. Outra pendência é o Frohsinn, que chegou a ter novo contrato para exploração comercial assinado em 2018, mas cujo processo foi suspenso por divergências em relação a projetos. É grande a expectativa para que o imóvel no Morro do Aipim enfim ganhe um novo destino em 2020.
Cartão de visitas
O pacote de concessões, aliás, está na lista das três principais medidas de gestão de Mario Hildebrandt em 2019. As outras são a extinção da deficitária URB e a reforma administrativa, que incorporou autarquias e fundações à administração direta e resultou em corte de cargos comissionados e funções gratificadas.
O "balanço" é do próprio prefeito, em conversa comigo e com o colega Pancho no final de dezembro. Por isso, é de se esperar que Hildebrandt tenha um olhar mais especial para as concessões em 2020.