Depois de várias tentativas frustradas de venda, o prédio que abrigava o antigo Grande Hotel foi enfim comprado na tarde desta quinta-feira. Uma proposta de R$ 14,9 milhões, feita em nome de Carlos Joel Pacher, levou o pregão do imóvel de 14 pavimentos, 88 apartamentos e 8,3 mil metros quadrados instalado entre a Rua XV de Novembro e a Alameda Rio Branco, num dos endereços mais nobres da cidade. A quantia é um pouco maior do que a oferta mínima estabelecida pela Justiça (R$ 14 milhões) e menor do que o valor de avaliação (R$ 19 milhões).
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O vencedor foi representado no processo por um advogado de Blumenau. Questionado pela coluna, ele preferiu não dar muitos detalhes sobre o cliente, mas disse se tratar de um investidor natural de Santa Catarina, que atualmente mora em Balneário Camboriú e que mantém negócios região.
O imóvel voltará a ser um hotel, conforme apurou o colega Pancho.
No total, três propostas pelo prédio foram apresentadas, mas uma delas foi desabilitada pelo juízo da 5ª Vara Cível de Blumenau por descumprir exigências impostas pelo edital. Depois da abertura dos envelopes, houve uma disputa de lances horais entre Pacher e a Paraíso, uma imobiliária que já havia se credenciado para participar de um leilão anterior. Foram 17 lances até a proposta de R$ 14,9 milhões não ser mais coberta.
Pelas regras do edital, o vencedor agora precisa, em até 24 horas, pagar uma entrada de 15% sobre o valor, o que corresponde a uma cifra de R$ 2,235 milhões. O restante será parcelado em 72 vezes de R$ 175.902,77. Apesar de ficar abaixo do valor de avaliação do imóvel, o administrador judicial do Grande Hotel, Gilson Sgrott, garante que o montante é mais do que suficiente para pagar todas as dívidas da empresa.
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