A supercoligação que está se criando ao redor de Egídio Ferrari (PL) para a eleição a prefeito de Blumenau deixou o Podemos com poucas opções. No que hoje dá para chamar de campo de centro-direita – embora muitas as vezes as siglas já não sejam mais fiéis às suas origens –, PP, União, Republicanos, PSDB e PRD já orbitam em torno do deputado estadual.

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Oficialmente, restaria ao Podemos, entre os partidos de maior envergadura, apenas o MDB para uma eventual composição, mas a sigla também se encaminha para fechar com Ferrari, que admite as conversas. O cenário isola a legenda, mas parece não demover o ex-vereador e ex-deputado estadual Ricardo Alba de desistir do páreo.

Já anunciado, Alba ainda banca a pré-candidatura, mesmo se ela vier em chapa pura. Diz que o partido terá nomes em 112 cidades catarinenses e que Blumenau é uma delas. A esta altura, ele se apega principalmente ao capital político adquirido na ainda curta carreira: foi o deputado estadual mais votado em 2018 e fez 20 mil dos 49 mil votos a deputado federal na cidade dois anos atrás.

— Mesmo se não houver coligação, nós lançaremos a nossa candidatura própria, mostrando que dá para fazer diferente — defende.

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Alba continua com a língua afiada, característica que o marcou durante as manifestações que pediam o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e acabou o catapultando para a política. Em uma postagem nas redes sociais, escreveu que “aqueles que estão no poder há 20 anos encontraram um rosto novo para tentar permanecer ainda mais no poder”.

A alfinetada não tem destinatário especificado, mas é dirigida justamente à aliança que deve afiançar a candidatura de Ferrari. “Eu sou daqueles que preferem andar sozinho do que mal acompanhado”, emendou o ex-deputado.

Apesar da acidez no ambiente digital, Alba refuta o rótulo de franco atirador e garante que fará uma “campanha propositiva”. Mesmo não sendo exatamente um novato na política e com uma candidatura a prefeito nas costas em 2022, ele se apresenta como um “novo rosto” contra o “os velhos conchavos e velhos caciques”. A conferir se o discurso vai colar.

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