A prefeitura de Blumenau começou a desenhar um esboço do que será a futura concessão da Prainha. Três espaços na área de lazer na curva do Rio Itajaí-Açu devem ser repassados à iniciativa privada. Um deles será destinado a uma operação gastronômica, outro está relacionado ao Vapor Blumenau e um terceiro diz respeito à estação de embarque e desembarque do teleférico que fará ligação com o novo Frohsinn, no Morro do Aipim.
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A proposta consta em um projeto de lei que já chegou à Câmara de Vereadores e pede aos parlamentares a autorização para que o município ceda a gestão e a manutenção do espaço para uma empresa, a exemplo do que foi feito com as praças Dr. Blumenau e da Estação. Trata-se de uma mera formalidade, para ganhar tempo enquanto a obra de revitalização, tocada com recursos do Ministério do Turismo, não fica pronta.
A ideia é que a operação gastronômica seja um restaurante ou algo do gênero. A estrutura poderá ter até 550 metros quadrados de área construída. O interior do Vapor Blumenau vai dispor de 224 metros quadrados para exposições e visitas do público, algo semelhante a um museu. Já a estação do futuro teleférico inclui pontos de embarque e desembarque na Prainha (próximo à concha acústica) e no Morro do Aipim, além de área de apoio, rampas e escadaria de acesso. Pelo projeto enviado à Câmara, a atração terá um percurso de 362 metros lineares a 53 metros de altura.
O prazo máximo da concessão será de 35 anos e também haverá a possibilidade de exploração de naming rights das três estruturas. Mais detalhes das obrigações das concessionárias serão explanados nos termos de referência do edital. A Secretaria de Parcerias e Concessões, aliás, ainda avalia se vai dividir as áreas em licitações diferentes ou se juntará tudo no mesmo lote. Análises de mercado e de viabilidade financeira, que serão intensificadas a partir de agora, vão pesar na decisão.
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A obra
A revitalização da Prainha começou em agosto de 2020. O cronograma inicial previa oito meses de obras, mas logo surgiram empecilhos. Em setembro daquele ano, uma decisão judicial suspendeu os trabalhos até que uma briga entre empresas que disputaram a licitação fosse resolvida. Máquinas e operários retomaram os postos no início de 2021.
A obra está orçada em cerca de R$ 4 milhões, mas caminha em velocidade aquém do ideal. Em dezembro, prefeitura e Obramaster, a construtora responsável, assinaram um termo aditivo no contrato, prolongando pela segunda vez o prazo de execução, agora para 30 de abril. Dentro da prefeitura, porém, ninguém arrisca dar prazo para a conclusão e a inauguração.
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