Santa Catarina deve olhar com especial interesse para o Paraná nos próximos meses. Entre agosto e setembro, mais de mil quilômetros de rodovias estaduais e federais que cruzam o estado vizinho serão leiloados à iniciativa privada. Bem-sucedido ou fracassado, o resultado por lá dirá muito sobre a viabilidade de se fazer algo parecido com as estradas daqui.
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No Paraná, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) vai levar a leilão dois blocos mistos, com rodovias federais e estaduais no pacote. A primeira sessão foi marcada para o dia 25 de agosto na Bolsa de Valores. Serão 473 quilômetros de estradas, com uma estimativa de R$ 7,9 bilhões em investimentos. O prazo de concessão será de 30 anos.
O segundo leilão foi marcado pela ANTT nesta semana para o dia 29 de setembro, também na Bolsa. O lote inclui três rodovias federais e outras nove estaduais. Serão mais 605 quilômetros, com projeção de R$ 10,7 bilhões em investimentos e, novamente, 30 anos de concessão.
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Ambos os projetos testarão o apetite do mercado por esses ativos. Mais do que isso, revelarão se a ideia do governo federal de “vender” blocos grandes de estradas é financeiramente vantajosa para investidores, já que as concessões exigirão aportes generosos de dinheiro, com cobrança de pedágio como contrapartida.
O Ministério dos Transportes planeja fazer algo parecido em Santa Catarina, em um pacote que inclui 32 rodovias (veja aqui a lista). No fim de maio, a coluna revelou que motoristas que trafegam pelo Estado foram surpreendidos com uma pesquisa que abordou o perfil social e econômico de usuários e frequência de tráfego nas estradas. O levantamento fez parte de um estudo de viabilidade para possíveis concessões no futuro.
O Paraná já está mais avançado no processo. Justamente por isso deve ser uma espécie de “cobaia” nos leilões que se avizinham.
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