O prolongamento da Via Expressa não interessa Blumenau apenas pela promessa de melhorar a mobilidade viária. A perspectiva de avanço da obra, apesar de todos os problemas, também é vista com ânimo pelo setor produtivo, em especial o sindicato que representa as indústrias dos setores metalmecânico e elétrico (Simmmeb). A entidade defende a criação de um novo distrito empresarial na cidade e imagina ser possível margear a nova SC-108 com fábricas, galpões e empresas.
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A estruturação de novos distritos empresariais foi elencada como uma das prioridades da primeira versão do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico Municipal (Pedem), em 2016. A ideia não vingou desde então e ficou em banho-maria na pandemia, mas está sendo retomada agora a partir da revisão do planejamento.
O presidente do Simmmeb, Dieter Claus Pfuetzenreiter, fala em uma faixa de pelo menos 15 quilômetros da nova SC-108 que poderia abrigar o provável distrito e até mesmo um porto seco. A área pretendida é estratégica por estar colada à BR-470, o que facilitaria a logística de transporte e escoamento. É também um dos últimos refúgios blumenauenses para instalação de negócios em série.
A escassez de terrenos disponíveis na cidade para projetos industriais tem se mostrado um empecilho e, em alguns casos, levado empresas a buscarem áreas em municípios vizinhos para expansão. É o caso da Altona, que tem planos para deixar as atuais instalações no bairro Itoupava Seca e construir uma nova fábrica em Gaspar.
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Criar esse novo distrito faria o investidor ter um outro olhar para Blumenau, defende Pfuetzenreiter. A cidade poderia atrair novas fábricas e não perder as que já tem.
Cinturão
O secretário de Planejamento Urbano de Blumenau, Eder Boron, admite que a prefeitura avalia a possibilidade de criar uma área para novos negócios. Internamente, isso vem sendo chamado de “cinturão empresarial”. Os terrenos do prolongamento da Via Expressa estariam nesta proposta, mas não seriam os únicos. Boron cita ainda regiões como Itoupava Central, Itoupavazinha e Badenfurt.
Para isso, será preciso mudar regras de zoneamento e de uso e ocupação do solo na cidade. É um processo que não ocorre da noite para o dia e que demanda tempo, estudos técnicos, análises e apresentação de propostas em audiência pública. Boron, porém, garante que a prefeitura está atenta à pauta:
— Estamos trabalhando para criar o conceito inicial e depois discutir isso com a sociedade.
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