O anúncio oficial, na última semana, de que Blumenau terá um museu sobre futebol deixou muita gente desconfiada. Apesar de ser paixão nacional, a cidade não tem muita tradição no esporte. Por que, então, a prefeitura escolheu este tema para criar uma nova exposição permanente?

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O secretário de Turismo e Lazer, Marcelo Greuel, responde. Segundo ele, o município foi sondado por gente interessada no investimento, o que abriu “uma oportunidade”. Embora o futebol blumenauense não seja uma referência no país, o apelo – comercial e de público – que a modalidade tem justificaria a implantação do museu.

— Eu não tenho dúvidas de que será o museu mais visitado da cidade — aposta o secretário.

Projetado para o subsolo do ginásio Galegão, o futuro museu estará inserido no principal circuito turístico de Blumenau hoje. Só pela Vila Germânica passam 1,7 milhão de pessoas por ano, contando eventos como Oktoberfest, Natal e Páscoa. 

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Além disso, ao lado está o Parque Ramiro Ruediger e em frente o futuro Centro de Convenções, que já começou a ser construído. Sem contar no Mercado Público, cujo projeto está sendo revisto.

Propostas

A licitação para o novo museu já está na praça. Vencerá a disputa quem oferecer o maior valor de aluguel pelo espaço de 3,5 mil metros quadrados – pelo menos 1,5 mil metros quadrados deverão ser utilizados – no subsolo do Galegão, uma área usada para ações pontuais da Páscoa, mas que normalmente serve apenas de depósito e garagem. A oferta mínima é de R$ 7,5 mil mensais. As propostas serão conhecidas no dia 29 de julho.

O edital obriga a empresa vencedora a disponibilizar um acervo de no mínimo 300 itens relacionados a futebol, incluindo camisas, bolas, chuteiras, equipamentos e acessórios, além de pelo menos outros 30 ligados à história do esporte (não apenas futebol) em Blumenau e região. Também diz que a concessionária precisará construir um bar, uma cafeteria e uma loja de souvenires, além de banheiros exclusivos para o museu.

O plano museológico será submetido à análise e aprovação de uma comissão formada por representantes da prefeitura, nos mesmos moldes da licitação para o Museu da Cerveja. Todo o acervo deverá estar disponível em português, inglês e preferencialmente em alemão. O prazo de concessão será de 20 anos.

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O museu deverá iniciar as atividades 12 meses após a assinatura do contrato e estar aberto ao público pelo menos cinco dias por semana. Além do aluguel, quem explorar o espaço também precisará repassar 5% do valor arrecadado com a venda de ingressos para o fundo municipal de turismo.

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