Sede da Cia. Hering em Blumenau (Foto: Arquivo NSC Total)
A bilionária fusão entre Soma e Arezzo, que deu origem ao maior grupo de moda da América Latina, deve reservar papel de protagonismo para a blumenauense Hering. A expertise industrial da centenária companhia de Blumenau está sendo colocada à disposição da recém-criada Azzas, empresa que reúne mais de 30 marcas no portfólio.
Após absorver a produção de peças das marcas Foxton e Farm, o parque fabril da Hering, incluindo a unidade de Blumenau, se prepara para iniciar testes com peças da marca Reserva ainda neste ano. O objetivo é diluir custos fixos e aumentar a eficiência operacional, uma consequência das sinergias que a fusão proporciona. As informações são do Valor Econômico.
À publicação, o executivo Thiago Hering citou ganhos não apenas de custo, mas também “de responsividade da cadeia para suprir o produto mais rápido na loja”. Em Blumenau, a companhia produz 25 toneladas de tecelagem por dia, que poderiam ser transformadas em até 120 mil camisetas. A marca também possui duas fábricas em Goiás.
No varejo, a prioridade da Hering agora é converter pontos de venda em megalojas de 500 a 600 metros quadrados, conforme a reportagem. A meta é alcançar de 120 a 150 unidades até 2026.
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A receita bruta da Hering em 2023 foi de R$ 2,4 bilhões, quase 40% do faturamento total da Soma. A empresa catarinense será um dos pilares da Azzas, que já nasce com faturamento de R$ 12,7 bilhões – considerando os dados consolidados de Arezzo e Soma em 2023 –, 34 marcas e mais de duas mil lojas, entre próprias e franquias.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)