Os moradores de Luiz Alves, cidade de cerca de 12 mil habitantes no Vale do Itajaí, acostumaram-se a conviver com os maruins. Mas nos últimos tempos a presença do irritante mosquitinho passou dos limites. A reclamação (e a coceira) é tanta que a prefeitura local tomou uma decisão no mínimo curiosa: declarou guerra ao inseto ao decretar situação de emergência.

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O documento, assinado nesta quarta-feira (27) pelo prefeito Marcos Pedro Veber (PSDB), cita “o relato constante dos municípes que não suportam mais o desconforto das picadas” do inseto, o que estaria tornando a rotina dos moradores “bem desagradável”.

O mesmo decreto menciona a sensibilidade de bebês e idosos e a dificuldade que a infestação causa no manejo da produção agrícola e na convivência no comércio, além da limitar atividades escolares e ao ar livre, o que “consequentemente reduz a qualidade de vida da população”.

Mais do que afetar o humor geral, o maruim também é, segundo o município, um risco à saúde pública, já que as picadas podem provocar feridas, evoluir para reações alérgicas graves e transmitir doenças.

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O que é o maruim, inseto que provocou “caos” em cidade de SC

O decreto baixado permite ao poder público acessar propriedades particulares para identificar possíveis criadouros de maruins – e, com isso, desenvolver mecanismos para impedir a proliferação do inseto. A situação de emergência também permite à prefeitura dispensar de licitação a aquisição de bens necessários ao controle da praga.

Veja fotos da infestação de maruim em Luiz Alves

Pelas redes sociais, Veber anunciou que o município está conversando com as equipes internas, profissionais da área e até com o governo do Estado para resolver o problema e “devolver a qualidade de vida que todos nós merecemos”.

À coluna, ele disse que a situação “está um caos” e que, apesar de não haver uma solução imediata para o problema, a prefeitura tem discutido alternativas. Uma delas é o desenvolvimento de um produto biológico para ser aplicado em possíveis criadouros de maruins. O prefeito não descarta nem mesmo usar drones para ajudar na pulverização dessas áreas.

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