O volume de requisições de seguro-desemprego em Santa Catarina caiu 28% entre janeiro e maio na comparação com igual período de 2020, segundo dados do Ministério da Economia. Foram 125.170 pedidos até agora em 2021, contra 174.891 neste mesmo intervalo no ano passado. A solicitação do benefício acaba sendo um termômetro do mercado de trabalho. Com economia em trajetória de recuperação e a maioria das atividades funcionando sem grandes restrições, a redução não surpreende.
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É preciso considerar, claro, que os dados de 2020 foram inflados pela pandemia. Entre janeiro e março do ano passado, foram em média 24,3 mil pedidos pelo benefício por mês no Estado. O volume saltou para 45,5 mil em abril e cresceu ainda mais em maio, para 56,2 mil. A alta tem relação direta com as restrições impostas à economia pelo governo catarinense a partir da segunda quinzena de março.
Com comércio fechado, fábricas paralisadas e serviços suspensos, Santa Catarina perdeu 103 mil empregos formais entre abril e maio do ano passado, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O desligamento é a porta de entrada para o trabalhador reivindicar o seguro, o que acelerou o número de requisições no período.
Entre janeiro e maio de 2020, o Estado viu evaporarem 62,1 mil vagas com carteira assinada – o saldo positivo dos três primeiros meses do ano reduziu os estragos de abril e maio. Em 2021, por outro lado, a economia catarinense acumula neste mesmo período a criação de 111,3 mil postos de trabalho.
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