O “Dia D” prometido pelo ministro Eduardo Pazuello está logo ali. A partir da próxima quarta-feira (20), salvo mudanças de última hora no cronograma, os primeiros integrantes dos grupos de risco da Covid-19 começam a ser imunizados no Brasil. A tão esperada vacina do coronavírus demorou mais tempo para chegar a terras tupiniquins do que em outros países? Sim, e não faltaram merecidas críticas à inépcia tantas vezes demonstrada pelo governo federal para providenciar a proteção da população. Mas ela enfim chegou. É algo a ser celebrado.
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A hora agora, portanto, é de canalizar energias para assegurar que a complexa logística de vacinação funcione – e nisso, felizmente, o sistema de saúde nacional tem experiência como poucos. Também não é momento para discussões políticas vazias e raivosas, envenenadas por uma polarização doentia que em nada contribui para resolver os nossos tantos problemas. Nenhuma ideologia, afinal, vale mais do que salvar vidas na prática.
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Para o mercado, vacina é sinônimo de futura estabilidade na economia. Afastar em definitivo o risco de que pessoas adoeçam pela Covid-19 é eliminar restrições de funcionamento dos mais diversos setores produtivos. Não há reforma estrutural, nem administrativa e nem tributária, mais essencial hoje do que a imunização contra o coronavírus. Ao garantir a livre circulação e consumo da população, somente ela abrirá caminho para a efetiva retomada do crescimento do emprego e da renda.
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Empresas e empreendedores que tanto cobram “previsibilidade” para investir deveriam ter especial interesse em defender a vacina, por todos esses fatores. E também poderiam usar o poderio financeiro e de marketing para esclarecer que a imunização é segura, combatendo o negacionismo patrocinado por radicais espalhados por todas as camadas da sociedade – inclusive dentro do próprio poder público.
Há um longo caminho pela frente até que a Covid-19 deixe de ser uma ameaça à normalidade. Máscara, distanciamento social e álcool em gel continuarão fazendo parte da rotina em 2021 e enquanto ainda existir gente desprotegida. A largada da vacinação representa uma dupla esperança para mudar essa realidade: permitirá que vidas deixem de ser interrompidas precocemente pelo vírus e que a economia aos poucos retome os trilhos do crescimento.
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