As consequências da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho são visíveis, mas agora o tamanho do estrago foi oficialmente computado. Dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela primeira vez pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (27) após mudanças nos sistemas de registro, mostram que Blumenau perdeu 6.073 postos de trabalho formais nos meses de março e abril.
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Os números são referentes a vagas com carteira assinada — o impacto no mercado informal, mais difícil de ser mensurado, eleva ainda mais o número de pessoas que perderam o emprego por causa da crise.
Segundo os números do Caged, a diferença entre admissões e demissões feitas no município no primeiro bimestre gerou um saldo positivo de 4.190 vagas. É em janeiro e fevereiro que as indústrias contratam jovens aprendizes e o município admite servidores em caráter temporário (os chamados ACTs), fatores que costumam inflar os números de emprego em Blumenau na largada do ano.
O cenário começou a mudar com a suspensão de atividades econômicas determinada pelo decreto da quarentena, por parte do governo do Estado, a partir da segunda quinzena de março. Blumenau encerrou aquele mês com saldo negativo de 302 empregos, na série do Caged com ajustes. O desemprego acelerou em abril, com mais 5.771 postos de trabalho eliminados.
Com os resultados dos dois últimos meses, o saldo de geração de empregos em Blumenau no acumulado de 2020, segundo os dados do Caged, ficou no vermelho. Foram perdidas, entre janeiro e abril, 1.883 vagas formais de trabalho.
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