Não é de agora que o consumidor se assusta com os preços dos ovos de Páscoa, mas com o poder de compra corroído pela inflação em alta o espanto desta vez parece ser dobrado. Ainda mais quando se compara quanto se gasta para comprar este tipo de produto e quanto está se desembolsando para comprar carnes como a picanha.
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Uma pesquisa divulgada na última semana pelo Procon de Blumenau ajudou a alimentar essa impressão do absurdo. Técnicos do órgão consultaram etiquetas de 20 produtos em seis estabelecimentos diferentes da cidade, entre supermercados e lojas de departamentos.
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O levantamento traz somente o valor unitário dos ovos, que no universo analisado oscilam de 100 a 500 gramas. Como o peso é variável, a coluna se encarregou de fazer as contas. E constatou em números algumas aberrações: o quilo do chocolate entre os 20 itens listados varia de R$ 117,20, considerando o preço médio verificado na pesquisa, a surreais R$ 507,53.
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Na ponta do lápis, um ovo de Páscoa pode ser praticamente duas vezes mais caro do que o quilo de uma das carnes mais nobres que existem, a picanha. O preço da peça de um quilo do corte também varia bastante, mas considerando os mesmos supermercados da pesquisa do Procon, ela pode ser encontrada a R$ 61,90.
O que explica
A polêmica da diferença de preços surge todos os anos, mas existe explicação para tamanha discrepância. Ovos de Páscoa têm um custo de produção e uma cadeia logística bem diferentes das barras de chocolate comuns, argumentam os fabricantes.
O processo de embalagem é manual e não automatizado, o que encarece a produção, e o transporte exige cuidados adicionais pela fragilidade do produto.
Em casos de marcas que exploram personagens de desenhos, por exemplo, as marcas também precisam pagar royalties. Sem contar no apelo de marketing para a data.
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Ovos de ouro?
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