O primeiro dia com ônibus nas ruas de Blumenau depois de quase três meses de suspensão do transporte coletivo foi de movimento ainda tímido, como era de se esperar. Segundo a Blumob, pouco mais de 14 mil pessoas usaram o serviço nesta segunda-feira (15). Em dias anteriores à paralisação, houve registro de até 103 mil usuários. Ou seja, a empresa transportou cerca de 14% dos passageiros de um dia útil “normal”.

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É preciso considerar, claro, que as aulas presenciais em todos os níveis seguem suspensas, e isso por si só já colabora para uma redução natural do número de pessoas que utilizam o transporte na cidade. Muita gente também continua trabalhando de casa e outras tantas ainda não se sentem seguras em utilizar os coletivos. De qualquer forma, o índice reflete o que a própria prefeitura e a Blumob já sinalizavam: a retomada será lenta e gradual, embora a primeira avaliação seja positiva.

— Acredito que conseguimos levar aos usuários e a quem acompanhou o retorno a sensação de segurança tão necessária. Os acompanhamentos e as avaliações serão diários para planejamentos futuros — diz o diretor da Blumob, Maurício Garroti.

A demanda baixa é o principal desafio na retomada, mas Garroti diz que a empresa estará pronta para ajustar a demanda assim que ela aumentar. Neste primeiro momento, a operação está sendo feita com cerca de 130 veículos, metade da frota. O diretor da Blumob acrescenta ainda que acredita que o transporte coletivo acabou sendo estigmatizado nesse período.

— Obviamente as ações focadas na saúde são extremamente necessárias, mas o estigma de que o transporte coletivo é grande propagador do vírus não tem encontrado sustentação mundo agora, com o uso de máscara, ações de higiene, limpeza e conscientização sendo robustas para este controle — avalia.

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Neste recomeço, houve pequenas aglomerações na entrada dos veículos em terminais e queixas de usuários de que algumas pessoas estariam fechando as janelas dos veículos por conta do frio, mas de maneira geral não foram registrados maiores incidentes.

Os próximos dias serão de ajustes contínuos na operação. Mas o que realmente vai nortear a demanda do transporte coletivo é a evolução do número de casos de covid-19 na cidade. Como os efeitos da retomada de atividades costumam se traduzir em estatísticas depois de 15 dias, deveremos ter mais respostas dentro de duas semanas.

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