Centenas de câmeras de vigilância, aumento no policiamento e implantação de tecnologias de última geração que ajudam a identificar e capturar infratores tornaram a Oktoberfest Blumenau um ambiente mais seguro. Mas tudo isso não livra a festa da ignorância alheia. E contra isso há pouca coisa que se possa fazer.

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O caso de racismo registrado na madrugada deste domingo (29) prova que o investimento nem sempre é garantia de civilidade. Segundo a prefeitura, a equipe de segurança da festa foi acionada para atender a uma ocorrência de agressão entre os setores 1 e 2. Identificado, o suspeito teria se recusado a deixar a Vila Germânica de forma amigável.

Um vídeo que passou a circular nas redes sociais mostra o homem, já do lado de fora do evento, chutando grades, xingando seguranças e proferindo palavras de cunho racista contra um dos profissionais. Tudo foi registrado pela câmera de corpo utilizada pelos agentes. As imagens já estão com a Polícia Civil.

O suspeito não apenas proferiu palavras racistas (“preto filho da puta”). Sua postura também possivelmente teve ares de xenofobia (“tu não mora aqui”) e tentativa de imposição de uma suposta superioridade social (“sou advogado, minha família é grande”).

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A organização da Oktoberfest Blumenau fez o que a ela cabia neste tipo de situação. Identificou o suspeito, o retirou da festa, entregou o caso para a polícia e emitiu uma nota de repúdio contra quaisquer atos ou formas de misoginia, discriminação, racismo ou preconceito. Mas pode e deve ampliar o debate.

Depois de eleger a sustentabilidade e a acessibilidade como focos dos últimos dois anos, uma forte campanha de respeito às diferenças seria mais do que bem-vinda em 2024.

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