Esquecidos pela maioria no dia a dia, os táxis ganharam sobrevida na Oktoberfest Blumenau deste ano. A coluna comparou na prática: em momentos de pico de saída da festa (principalmente às madrugadas), corridas para lugares não muito distantes da Vila Germânica saem, na ponta do lápis, por praticamente o mesmo preço cobrado por aplicativos de transporte como o Uber – que trabalha com tarifa dinâmica, encarecendo a viagem dependendo do horário e da demanda. Há casos em que o deslocamento é até mais em conta.
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Também tem pesado a favor desse meio mais tradicional a oferta. O ponto dos táxis fica ao lado do boulevard, na Rua Alberto Stein, praticamente em frente a uma das catracas de saída da Vila Germânica. Ali, veículos chegam a todo instante e as filas de passageiros por ordem de chegada, quando existem, não têm sido longas na maior parte do tempo. Mesmo que o preço final seja um pouco mais caro, isso gera uma sensação maior de conforto.
No caso dos aplicativos, o embarque, em frente ao Galegão, tem sido mais confuso. São inúmeros os relatos de passageiros que demoram muito tempo para conseguir um carro disponível. Muitos motoristas também têm negado corridas de valor mais baixo. Isso quando não sugerem preços fechados por fora.
Presidente da cooperativa de táxis de Blumenau, Aelson Nogueira diz estar satisfeito com o retorno da Oktoberfest Blumenau até então. Conta que o movimento está melhor do que o ano passado, mas faz uma ponderação: para ele, faltou divulgar melhor onde fica o ponto dos táxis, o que ajudaria a atrair mais público.
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— A gente está faturando mais. Os hotéis voltaram a nos chamar. Também estamos podendo usar o corredor de ônibus, o que ajuda no deslocamento — diz ele, referindo-se a um decreto municipal que permitiu que os táxis, desde que com passageiros, circulassem pelas faixas exclusivas do transporte coletivo.
Nogueira estima que, dos cerca de 120 táxis cadastrados em Blumenau, 80 estejam trabalhando na Oktoberfest. Muitos desses veículos estão sendo conduzidos pelos próprios proprietários das permissões porque está difícil encontrar quem trabalhe à noite – muitos motoristas contratados migraram para o Uber.
Agora, a cooperativa prepara o lançamento de um aplicativo próprio, com funcionamento similar ao dos aplicativos de transporte mais conhecidos. Nele, o usuário poderá ver o preço da corrida – que será aproximado, em função do taxímetro – e acompanhar o deslocamento do veículo. Segundo Nogueira, a ferramenta deve ser lançada em novembro. Os taxistas preparam uma plotagem nos carros para anunciar a novidade.
Aliás
Os táxis, segundo Nogueira, cobram R$ 5,35 na “largada” da corrida mais um valor por deslocamento. Na bandeira um, que vai das 6h às 20h, o quilômetro rodado custa R$ 4,36. Na bandeira dois, que vai das 20h às 6h, é de R$ 5,18. Para quem se desloca com frequência, vale a pena comparar os valores na hora da escolha.
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