As obras de cercamento, balizamento noturno e revitalização da pista do Quero-Quero vão preparar a concessão do aeroporto de Blumenau à iniciativa privada. Depois de muito discutir o assunto internamente, a prefeitura está convencida de que repassar a gestão e a manutenção do espaço para uma empresa é a melhor solução. O lançamento da licitação para escolher a melhor proposta, no entanto, está condicionada à conclusão dessas melhorias.
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— Temos que entregar o equipamento com a condição dele ser operado e gerar receita no primeiro momento — diz o secretário de Parcerias e Concessões, Marcelo Althoff.
As intervenções estão em fases distintas. O cercamento, orçado em R$ 1,8 milhão, já começou. O balizamento noturno, que permitirá operações de aeronaves à noite, está em fase de licitação. Duas empresas apresentaram propostas e foram homologadas, mas as propostas de preço ainda não foram abertas. O edital prevê um investimento máximo de R$ 3,8 milhões.
Na última quarta-feira (22), a prefeitura assinou a desapropriação de dois imóveis vizinhos ao Quero-Quero, a um custo de R$ 6,7 milhões. De posse dos terrenos, o plano é melhorar a logística de acesso ao aeroporto. Além disso, município e governo do Estado também firmaram convênio de R$ 6,9 milhões para revitalizar a pista do aeródromo. A licitação está em fase final de elaboração e deve ser lançada nos próximos dias.
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Voos comerciais
A prefeitura entende que o Quero-Quero tem vocação para aviação executiva, voos de salvamento do Corpo de Bombeiros e atividades do Aeroclube de Blumenau. A sempre tão especulada aviação comercial, com decolagens regulares para destinos como São Paulo, por exemplo, ficaria condicionada ao interesse de um futuro concessionário.
A recente reforma do Aeroporto de Navegantes e o avanço das obras de duplicação da BR-470 entre Blumenau e a cidade litorânea tornam essa alternativa mais improvável. Mas consultas prévias não descartam a hipótese de “uma surpresa”, nas palavras de Althoff.
Custeadas com recursos públicos, as atuais melhorias diminuem o tamanho do investimento na estrutura para o futuro concessionário. Em todos os casos, porém, é mais plausível que o lançamento de uma concessão do Quero-Quero fique para 2023.
Déficit
Na ponta do lápis, o Aeroporto Quero-Quero é uma estrutura deficitária, diz Alexandro Fernandes, secretário de Trânsito e Transportes de Blumenau. O custo operacional anual é pelo menos seis vezes superior à arrecadação direta – foram somente R$ 92 mil em 2021.
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— Por isso a intenção de concessão: eliminar o déficit operacional e melhorar os serviços da estrutura por uma gestão privada especializada — defende.
Fernandes, no entanto, faz uma ponderação: não se deve olhar para o aeródromo apenas como um potencial gerador de receitas. Há, para ele, ganhos incalculáveis, já que a estrutura hoje existente facilita o transporte de órgãos para transplantes, é base para operações de salvamento e ajuda a formar novos pilotos.
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