Apesar de ter capital aberto há mais de 30 anos e negociar ações na B3, a Bolsa de Valores brasileira, a Riosulense costuma ser uma empresa discreta na comunicação. Mas isso está mudando. A tradicional metalúrgica de Rio do Sul, fundada em 1946, começou a se movimentar para fortalecer o nome da marca. As ações incluem a intensificação da presença em importantes feiras e eventos do setor e até mesmo patrocínio para um piloto da Fórmula Truck.

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Estampado na testeira e na traseira do caminhão que disputa uma das principais competições de corrida do Brasil, o slogan “Se é motor, é Rio” reproduz um ambicioso plano da companhia. Nos próximos anos, a Riosulense quer se consolidar como fornecedora de peças para todos os motores de veículos fabricados no Brasil. Dos mais de 8 mil itens do portfólio da companhia, bronzinas, eixos de comando, parafusos de cabeçote, juntas para motor, anel de pistão e válvulas estão entre alguns dos destaques recentes de vendas.

— Somos apaixonados pelo que construímos e os motores nos movem. Queremos estender a nossa oferta de produtos e, assim, atender de forma completa às demandas de nossos parceiros e do mercado — diz o presidente Ornelio Kleber em entrevista, por escrito, à coluna.

Como parte dessa estratégia, estão previstos para 2024, ano em que a empresa projeta crescer 10%, investimentos na casa dos R$ 40 milhões. O parque fabril, de 27 mil metros quadrados de área construída, também está sendo modernizado para que a capacidade de produção suba até 25%. O aporte representa 10% do faturamento bruto da Riosulense em 2023, que foi de R$ 420 milhões – a receita operacional líquida atingiu R$ 341,4 milhões no ano passado.

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— Estamos investindo na modernização de máquinas e equipamentos, como centros de usinagem modernos, adquiridos em janeiro, e também na automação de linhas de produção, com a instalação de robôs colaborativos. Em outra frente, vamos ampliar as estruturas de logística, com galpões para armazenagem de materiais e produtos — informa Kleber.

A Riosulense atua nos mercados automotivo (veículos leves e pesados), agrícola e de reposição de peças. No primeiro nicho, a empresa tem abocanhando mais espaços junto a montadoras de veículos. O segundo, por outro lado, é considerado promissor. De acordo com o presidente, a empresa está preparada para crescer “acompanhando a evolução do mercado” e já trabalha em projetos futuros, com lançamentos previstos para 2025 e 2026.

Olho no exterior

Em paralelo, a Riosulense está de olho em novas oportunidades no exterior. A empresa está presente em mais de 25 países, incluindo Estados Unidos, Europa e América Latina, mas já trabalha na expansão para novos mercados. Uma das apostas, segundo Kleber, é no mercado de reposição, com o desenvolvimento de linhas de produtos configuradas para a frota de cada país. Atualmente, as vendas externas representam 10% do faturamento.

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