O número de investidores catarinenses na Bolsa de Valores brasileira diminuiu, interrompendo uma sequência de forte alta nos últimos anos. De acordo com dados da B3, 2023 terminou com 243.039 CPFs individuais registrados com origem no Estado. Foi uma pequena queda de 1,03% em relação a 2022, que acompanhou o desempenho nacional. Em todo o Brasil, a diminuição foi de 1,1% – 4.952.888 CPFs.

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Na prática, Santa Catarina “perdeu” 2.534 investidores em ações e fundos em 2023. Analistas de mercado têm sugerido alguns fatores para a retração geral. Uma delas tem relação com o Nubank, que em 2022 anunciou mudanças na forma de negociar papeis na Bolsa – isso provocou uma queda de investidores.

A seca de lançamentos de IPOs (ofertas iniciais públicas de ações) também ajuda a explicar a baixa, já que a estreia de novas empresas na Bolsa tende a animar e atrair novos investidores. A expectativa é de uma retomada de IPOs em 2024. Isso, somado ao ciclo de corte da taxa básica de juros (Selic) – que estimula a migração de aportes em renda fixa para a variável –, deve proporcionar novo fôlego ao mercado acionário.

Apesar da esfriada, há um ponto a se observar: mais mulheres de Santa Catarina estão descobrindo e apostando na Bolsa. Em 2023, foram 57.549 investidoras, alta de 3%. Ainda assim, elas ainda representam menos de um quarto (23%) do total de negociadores da B3 no Estado.

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Investidores de SC na Bolsa

2018: 28.789
2019: 63.603
2020: 130.090
2021: 208.308
2022: 245.572
2023: 243.038

Fonte: B3

Aliás

Por falar no assunto, o escritório Manchester, ligado à XP, fechou 2023 com R$ 1,6 bilhão de investimentos sob sua assessoria em Blumenau. Foi um crescimento de 60% em relação a 2022. Para acompanhar a demanda de cerca de 1,2 mil investidores locais, a equipe dobrou de tamanho e agora tem 18 profissionais.

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