A reforma do antigo Frohsinn de Blumenau voltou à estaca zero. Prefeitura e Restaurante Indaiá, que havia vencido a concessão para explorar o espaço no Morro do Aipim, chegaram a um acordo para rescindir o contrato assinado em 2020. A quebra do acordo foi amigável, o que não deve provocar consequências jurídicas.
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O rompimento do vínculo torna incerto o destino do que já foi um dos principais pontos turísticos da cidade. Apesar disso, há a intenção da prefeitura de rever o modelo e lançar uma nova concessão do Frohsinn no futuro. Como se trata de um processo longo, a tão esperada reabertura do restaurante fica cada vez mais distante.
Esta foi a segunda vez que Indaiá e município rompem a parceria. Em 2018, a empresa já havia vencido outra concessão. Na época, no entanto, apresentou um projeto de ampliação da área maior do que o permitido em edital. Temendo contestação judicial, a prefeitura decidiu refazer o processo.
Nova concessão foi lançada e mais uma vez apenas o Indaiá participou da disputa. Desta vez, com aval do edital, o restaurante apresentou um projeto que previa um espaço de 2 mil metros quadrados, capacidade para até 300 pessoas sentadas, mirante aberto ao público e terraço.
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A proposta foi aprovada internamente na prefeitura, mas as obras nunca começaram. Questões de ordem geológica teriam atrasado a liberação dos trabalhos, segundo apurou a coluna em outras ocasiões. Representantes do Indaiá chegaram a vir a público para reclamar do que entendiam ser burocracia da prefeitura.
Pelo contrato assinado em 2020, os concessionários deveriam inaugurar o novo Frohsinn no dia 2 de setembro deste ano. Com o contrato agora rescindido, definitivamente não há mais previsão sobre a reabertura do espaço.
O que dizem as partes
Segundo o procurador geral de Blumenau, Julio Augusto Souza Filho, a rescisão contratual foi amigável e as duas partes teriam entendido pela não continuidade da execução do projeto.
Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (8), a prefeitura informou que a pandemia de Covid-19 teria atrasado as análises dos pedidos de licenças e questões externas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, aumentaram os preços da obra. A ausência de base jurídica sólida para a prorrogação do prazo do contrato também pesou.
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Até a publicação desta notícia, a coluna não havia conseguido contato com o Restaurante Indaiá para comentar o assunto.
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