Houve uma ausência notável no primeiro debate dos candidatos a prefeito de Blumenau, realizado nesta terça-feira (20) pelo NSC Total. Nas quase duas horas de programa, o atual dono da cadeira do Executivo municipal foi “ignorado”, sem ser citado nominalmente por nenhum dos cinco postulantes ao cargo.
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Nem Delegado Egidio (PL), nome escolhido pelo governador Jorginho Mello (PL) para a sucessão, nem os quatro concorrentes da oposição – Ana Paula Lima (PT), Odair Tramontin (Novo), Ricardo Alba (Podemos) e Rosane Martins (PSOL) – se referiram diretamente a Mário Hildebrandt (PL). Os eventuais reconhecimentos de acertos e críticas à gestão da ocasião acabaram sendo atribuídos ao “atual governo”.
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Por não concorrer à reeleição, Hildebrandt não está tanto mira da oposição – que direcionou, ao menos neste primeiro embate, o alvo a Ferrari. Nos bastidores das campanhas, há ainda quase que um senso comum de que se deve evitar a personalização dos problemas, por motivos diversos.
Pesquisas internas dos partidos sugerem, no geral, bons índices de aprovação do atual prefeito, e ataques diretos tendem a provocar contraofensivas mais contundentes.
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No caso de Ferrari, a postura no primeiro debate sinaliza algo: evitar menções diretas a Hildebrandt o livra, em tese, de rebater críticas a um governo do qual ele não fez parte – embora irá representá-lo nas urnas. Além disso, ele precisa construir a própria imagem. A campanha do delegado, aliás, deve enaltecer o passado e o presente quando for conveniente. Do contrário, irá bater na tecla de que é preciso “olhar para frente”.
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Com uma pedra em mãos, Hildebrandt publicou no início desta semana um vídeo nas redes sociais simulando um ataque à prefeitura. A encenação foi usada para criticar o fato de a gestão da vez virar “vidraça” em época de campanha. Pelo menos no primeiro debate, o atual prefeito ficou livre das pedradas.
Assista ao debate realizado pelo NSC Total
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