Ícone da moda nos anos dourados da indústria têxtil de Blumenau, a marca Sulfabril já não desperta o mesmo fascínio de outrora. Ao menos na visão do mercado. Nesta segunda-feira (8), em nova tentativa de leilão do pacote de grifes da antiga empresa, mais uma vez não surgiram ofertas, a exemplo do que já havia acontecido na quarta da semana passada.

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O conjunto de grifes, que já chegou a ser avaliado em R$ 40 milhões segundo a própria empresa – quando ainda estava ativa, em 2012 –, nunca esteve tão em conta. Poderia ser arrematado por R$ 1,215 milhão nesta segunda. O ativo foi oferecido a companhias têxteis da região e até de fora do Estado, apurou a coluna. Ainda assim não houve quem se dispusesse a pagar esta quantia.

Sem propostas de potenciais investidores, parece cada vez mais distante a possibilidade de um dia peças de roupa com a marca Sulfabril retornarem ao mercado. Este é um dos últimos bens ainda disponíveis da massa falida da companhia. Imóveis e o parque fabril, na Rua Itajaí, já foram vendidos.

Pelo menos um investidor demonstrou interesse mais sério em adquirir a marca, segundo o leiloeiro Daniel Elias Garcia, mas não teve negócio. Ainda assim, ele acredita que a venda é viável e informou que vai solicitar à Justiça que marque um novo leilão, se possível ainda em 2021. O pedido será analisado pela juíza Quitéria Tamanini Vieira Peres, titular da 1ª Vara Cível de Blumenau, onde corre o processo.

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Valores levantados em uma eventual venda das marcas Sulfabril serão utilizados para pagar dívidas ainda pendentes da empresa. Débitos trabalhistas do primeiro quadro geral de credores já foram quitados, mas há outros ainda pendentes, fruto de uma ação trabalhista coletiva que cobra o pagamento de insalubridade e periculosidade a um grupo de trabalhadores.

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