Protagonistas da queda de braço que pode resultar em novas paralisações de ônibus em Blumenau, Blumob e Sindetranscol, sindicato que representa motoristas e cobradores, concordam em ao menos um ponto: querem que a prefeitura seja intimada a fazer parte da ação que discute melhores condições de trabalho para a categoria.

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Foi a empresa quem formalizou o pedido para trazer o poder público para as negociações. O sindicato reiterou a importância da participação do município. E o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC), Roberto Basilone Leite, relator do caso, sinalizou concordar com as partes ao se referir que questões em discussão, como maior segurança nos terminais, seriam de interesse da prefeitura – as estruturas, afinal, são públicas.

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Apesar disso, ainda não houve deliberação a respeito. A audiência desta terça-feira (19) terminou sem essa decisão. O desembargador agora vai analisar o pedido para incluir o município como parte da ação. Uma nova rodada de negociações será convocada.

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No último dia 12, Blumenau amanheceu sem ônibus nas ruas. A paralisação, segundo o Sindetranscol, foi motivada por falta de segurança nos terminais e melhores condições em refeitórios e banheiros. A categoria também defende a manutenção dos cobradores. Há discussões internas na prefeitura para eliminar a função em algumas linhas.

Como foi a audiência

Segundo informações do termo de audiência, ao qual a coluna teve acesso, a Blumob informou que o projeto de instalação de câmeras nos ônibus e terminais de ônibus deve ser implementado dentro de 30 dias. Os equipamentos já estão comprados e devem ser entregues nos próximos dias.

O relator do caso questionou a empresa sobre a possibilidade de aproveitar a oportunidade do serviço de instalação para acrescentar também “botões de pânico” nos veículos e terminais, ferramenta de apoio no combate à violência.

Já o Sindetranscol propôs a contratação de vigilantes privados ou mesmo servidores públicos para atuarem nos terminais das 6h às 22h. Esses profissionais estariam uniformizados e não armados.

A entidade também pediu a reintegração de um dirigente demitido pela empresa e que, em caso de acordo, os salários dos funcionários do dia 12 de março, data da paralisação, não sejam descontados.

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