A multinacional francesa Engie, que mantém a sede da subsidiária brasileira em Florianópolis, anunciou nesta segunda-feira (30) a compra de cinco usinas solares da Atlas Brasil Energia Holding. Fechada por R$ 3,24 bilhões, quantia que inclui o valor da aquisição (R$ 2,26 bilhões) mais o endividamento líquido da companhia (R$ 971 milhões), a operação é a maior do ano no Brasil na área de energias renováveis, informou o Pipeline, site de negócios do Valor Econômico.

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Em fato relevante, a Engie Brasil informou que os valores envolvidos ainda podem ser modificados de acordo com o atingimento de condições previstas no contrato. A conclusão da transação também depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O bilionário negócio inclui cinco conjuntos de geração de energia fotovoltaica. Três deles – Juazeiro, São Pedro e Serão Solar – estão instalados na Bahia. Há ainda um no Ceará – Sol do Futuro – e outro em Minas Gerais – Lar do Sol.

Somados, os parques solares têm uma capacidade instalada de 545 megawatts (MW). Todos são estruturas novas, que entraram em operação a partir de novembro de 2018 e têm autorização para funcionarem até a década de 2050 – entre 2051 e 2054.

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O mais recente deles, em Minas Gerais, começou a rodar em março deste ano e é o único que atua no mercado livre de energia. Os demais têm contratos com o mercado regulado.

A Engie Brasil comunicou ainda que, com este investimento, vai assegurar energia contratada compatível com o retorno imaginado, o que deve impactar positivamente as margens financeiras do negócio no longo prazo.

“A aquisição de ativos em operação, com energia contratada, tornou-se uma opção atrativa para expandir nossos negócios nesse momento do mercado”, explicou Eduardo Takamori, diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia.

O diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini, acrescentou que este é mais um passo alinhado à estratégia de crescimento da Engie no mercado nacional de energia renovável.

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“A forma como conduzimos processos de aquisição é orientada por uma ampla análise de riscos, que leva em consideração os aspectos ambientais, sociais, de governança e da nossa disciplina financeira, tendo como objetivo a continuidade de geração de resultados positivos de forma sustentável”, destacou no fato relevante.

Nos últimos seis anos, a Engie investiu mais de R$ 20 bilhões na transição energética, incluindo aportes em energia limpa e implantação de linhas de transmissão neste período.

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