A venda de veículos novos em Santa Catarina desacelerou em 2022. As 164.935 unidades emplacadas entre janeiro e dezembro representaram queda de 3,91% na comparação com 2021, segundo dados da regional catarinense da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-SC). No ano anterior, o setor havia tido crescimento de 4,27%.

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Quatro dos seis segmentos veiculares analisados tiveram retração, ainda de acordo com a entidade. As exceções foram as motos, com incremento de 11%, e os ônibus, que tiveram alta de 36,2%. Já automóveis e comerciais leves, que representaram 53,8% da frota comercializada, tiveram quedas de 7% e 8,6%, respectivamente. Caminhões (-14,4%) e implementos rodoviários (-11,6%) também integram a lista.

O diretor geral da Fenabrave-SC, Alfredo Heinz Breitkopf, avalia que o resultado geral acabou sendo afetado pelo primeiro semestre, que segundo ele “foi muito ruim”. No período, explica ele, a indústria automobilística ainda sofria com a falta de componentes eletrônicos para a fabricação de veículos novos, cuja produção e distribuição foram fortemente afetadas pela pandemia.

Entre janeiro e junho do ano passado, as vendas registravam encolhimento de 7,9%. Como o saldo de 2022 acabou negativo em 3,91%, houve recuperação do mercado ao longo do segundo semestre, diz Breitkopf. Ainda assim, o desarranjo na cadeia de insumos ainda não foi totalmente superado, o que leva o dirigente a ser cauteloso na projeção para 2023:

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— No segmento de automóveis, se em 2023 empatarmos com 2022, teremos um bom resultado — diz.

Outros fatores, como os desdobramentos da guerra na Ucrânia, a oscilação de preços do combustível e a nova política econômica com a troca de governo também são observados com lupa pelo setor.

Grande Florianópolis foi exceção

Entre as grandes regiões de Santa Catarina, a Grande Florianópolis foi exceção à regra. As vendas de veículos novos cresceram 4,41% em 2022. Nas demais, houve queda. A maior foi no Sul, que registrou decréscimo de 9%. No Norte a retração foi de 8,2%, no Vale do Itajaí de 5,47%, no Oeste de 2,8% e no Planalto Serrano de 1,8%.

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