Bancos, analistas e investidores já projetam uma possível fusão do Grupo Soma, dono da Hering e outras grandes marcas de moda, com a Arezzo. As primeiras notícias de que as duas gigantes do setor estariam considerando uma combinação de negócios surgiram na última quarta-feira (31). Horas depois de a história vazar, ambas as companhias ajudaram a alimentar as especulações ao oficialmente admitirem que estão em tratativas.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Blumenau e região por WhatsApp

Explorada pela imprensa especializada nos últimos dois dias, a riqueza de detalhes sobre a possível fusão, incluindo ganhos financeiros com sinergias dos negócios e futura composição acionária, sugere que as conversas estão de fato avançadas. Nesta sexta-feira (2), o Valor Econômico informou em reportagem que fontes a par do assunto avaliam que o acordo caminha para ser assinado já neste fim de semana.

Hering pode mudar de mãos de novo dois anos depois de ser vendida

Enquanto o martelo não é batido, analistas estão se propondo um exercício de futurologia. Racionalmente falando, a fusão tende a ser benéfica pela natural redução de custos em atividades comuns desenvolvidas pelas empresas. Uma base de produção mais ampla também faria a nova companhia aumentar o poder de barganha junto a fornecedores.

Continua depois da publicidade

Relembre outras empresas de Blumenau que já foram vendidas

Por outro lado, o gigantismo de Arezzo e Soma – e as mais de 30 marcas dos grupos – pode se tornar um problema. Nestes casos, um dos principais desafios costuma ser a integração efetiva de negócios, equipes e tecnologias – quanto maiores as operações envolvidas, mais longos esses processos são – e o alinhamento de culturas. Não é raro haver choques entre modelos distintos de gestão que no fim só podem ser dimensionados no dia a dia.

Para a Hering, a incorporação por outro grupo parece ter sido um bom negócio. Em 2022, primeiro ano cheio sob a gestão do Soma, a receita bruta da empresa atingiu R$ 2,33 bilhões, alta de 26% na comparação com 2021.

“A cada dia que passa conhecemos melhor a Hering e temos mais confiança para atuar nas alavancas de eficiência operacional e fortalecimento da marca, as quais contribuíram para atingirmos receita recorde de R$ 2,33 bilhões em 2022”, destacou o Soma na demonstração de resultados de 2022 – os dados consolidados de 2023 ainda não foram divulgados.

Continua depois da publicidade

Mal começou a se habituar na nova casa e a centenária companhia blumenauense pode ter de enfrentar mais uma vez os estresses de uma mudança.

Leia também

Têxtil de SC investe R$ 15 milhões em tecnologia para acelerar a produção

WEG faz mais uma mudança no alto escalão e avança em plano de sucessão

Hospital de SC investe 3 milhões de dólares no mais moderno robô para cirurgias

Hering pode mudar de mãos de novo dois anos depois de ser vendida

Receba notícias e análises do colunista Pedro Machado pelo WhatsApp