Empresa tinha galpão na Água Verde, que mais tarde foi demolido para dar lugar a um atacarejo (Foto: Patrick Rodrigues, Arquivo NSC Total)
A marca de uma antiga empresa de malhas e tecidos de Blumenau foi arrematada em leilão nesta quarta-feira (26) por uma pechincha. Avaliado inicialmente em R$ 10 mil, o ativo que pertencia à Resima foi vendido por simbólicos R$ 600, informação confirmada à coluna pelo escritório responsável pela venda. O único lance, que se sagrou vencedor do processo, foi dado em nome de uma pessoa física, que prefere não se identificar.
Foi a terceira tentativa de venda da marca. Na primeira, cujo lance inicial era de R$ 10 mil, não apareceram interessados. Na segunda, onde a pedida era de pelo menos R$ 5 mil, mais uma vez não houve ofertas. No leilão desta quarta, não havia valor mínimo exigido. O registro da marca está ativo até 2028.
A Resima Malhas foi fundada em 1956 e chegou a ser uma das maiores empresas de saldos têxteis da região, mantendo longa parceria com a Cia. Hering. Por anos manteve operação em um galpão na Rua Frei Estanislau Schaette, no bairro Água Verde. Em maio de 2019, a coluna destacou que o imóvel estava à venda. À época, a empresa disse que não precisava mais de tanto espaço, um sinal de que os negócios não andavam bem.
Na ocasião, a Resima já vinha enfrentando dificuldades financeiras, que se agravaram durante a pandemia de Covid-19. Em maio de 2021, a empresa apresentou um pedido de autofalência alegando que não tinha mais condições de manter as atividades. As dívidas, segundo relação de credores apresentada na época, chegavam a R$ 12 milhões.
Continua depois da publicidade
Àquela altura, o antigo galpão da empresa na Água Verde já estava sendo demolido e preparado para, pouco tempo depois, abrigar uma nova unidade da varejista Unibox.
Relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
A Artex foi incorporada nos anos 2000 pela Coteminas (Foto: Reprodução)
A Mega Transformadores foi comprada em 2000 pela multinacional sueco-suíça ABB (Foto: Reprodução)
A Eisenbahn foi comprada em 2008 pelo Grupo Schincariol. Depois, foi negociada com a japonesa Kirin até ser adquirida pela Heineken (Foto: Divulgação)
Em 2008 a francesa Areva, fornecedora de equipamentos de energia, comprou a Waltec, que mais tarde passaria a integrar a Schneider Electric (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
Em 2010 a Wheb Sistemas, fabricante de softwares de gestão de saúde, foi comprada pela multinacional Philips (Foto: Patrick Rodrigues, BD)
A Dudalina foi vendida em 2013 para fundos americanos e um ano depois acabou comprada pela Restoque, hoje Veste S.A (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Desde setembro de 2016 a Bermo, fabricante de válvulas e equipamentos industriais, faz parte do Grupo ARI Armaturen, da Alemanha (Foto: Divulgação)
A Baumgarten não foi vendida, mas em 2016 anunciou uma fusão com duas empresas alemãs que deu origem à All4Labels (Foto: Divulgação)
Em 2017, a CM Hospitalar, dona do Grupo Mafra (atual Viveo), anunciou a compra da Cremer (Foto: Luís Carlos Kriewall Filho, Especial, BD)
Desenvolvedora de softwares de gestão logística, a HBSIS foi comprada em 2019 pela cervejaria Ambev (Foto: Divulgação)
Em março de 2021, a Viveo comprou o Grupo FW, fabricante de lenços umedecidos e dona da marca Feel Clean (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Cia. Hering aceitou uma proposta de compra do Grupo Soma (Foto: Patrick Rodrigues, NSC Total, BD)
Em 2021 a Hemmer foi comprada pela multinacional Kraft Heinz (Foto: Artur Moser, NSC Total, BD)
A Unimestre, que desenvolvia sistemas de gestão educacional, foi comprada em outubro de 2021 pela Plataforma A+ (Foto: Divulgação)
Em 2021 a fintech PagueVeloz aceitou uma proposta de compra feita pela Serasa (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
A agência de marketing digital A7B foi comprada em 2021 pela Adtail, empresa gaúcha do mesmo ramo (Foto: Divulgação)
Em 2021, o Laboratório Hemos foi comprado pelo Grupo Sabin, uma das principais empresas de medicina diagnóstica do Brasil (Foto: Divulgação)
Em 2021, a startup Velo foi comprada pela QuintoAndar, plataforma de moradia (Foto: Reprodução)
Em dezembro de 2021, a marca Sulfabril foi arrematada em leilão pela companhia têxtil catarinense Lunelli (Foto: Lucas Amorelli, BD)
A Movidesk, que oferece soluções tecnológicas de atendimento e suporte a clientes, foi comprada em dezembro de 2021 pela companhia gaúcha Zenvia (Foto: Divulgação)
Em 2021, a fabricante de etiquetas, tags e acessórios de moda Tecnoblu foi comprada pela canadense CCL Industries (Foto: Divulgação)