Vão a leilão pela terceira vez desde 2019 um conjunto de bens que pertenciam à Buettner, uma das centenárias indústrias têxteis catarinenses que sucumbiu a crises do setor e teve a falência decretada em 2016. São 54 ativos, incluindo a sede da antiga empresa, em Brusque, e terrenos também em Botuverá e Guabiruba.

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Somados, os bens estão avaliados em R$ 141 milhões, mas podem ser arrematados por metade deste valor – o lance mínimo é de 50%, equivalente a R$ 70,5 milhões – na primeira tentativa de venda, marcada para esta quinta-feira (25). Na praça de abertura, os ativos formarão um único lote. Ou seja, quem quiser terá de levar tudo, o que torna a alienação pouco provável, dado o histórico.

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Se o desinteresse se confirmar, nova tentativa de venda acontecerá no dia 2 de dezembro, com outras condições. O lance mínimo sobe para 65% do valor de avaliação, mas os bens estarão divididos em 12 lotes, tornando o investimento mais acessível para quem não quer o pacote completo.

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O pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado em até 36 vezes, de acordo com o valor dos lances, no caso de lotes específicos. Alguns dos imóveis estão locados. Se eles forem arrematados, os inquilinos precisarão deixá-los em até 30 dias. O bem mais caro da lista é o complexo fabril, instalado no bairro Bateas e avaliado em R$ 33,3 milhões.

Representantes de potenciais investidores de Santa Catarina e do Paraná já teriam sondado os imóveis, apurou a coluna. A conferir se desta vez, enfim, sai negócio.

Fundada em 1898 em Brusque, a Buettner e se tornou um dos ícones da indústria de produtos de cama, mesa e banho de Santa Catarina. Em 2011, depois de anos de crise, entrou em recuperação judicial, convertida em falência no ano seguinte. A Justiça chegou a anular a medida, mas novo decreto de falência foi publicado em 2016.

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