Terminou sem ofertas, nesta terça-feira, o primeiro leilão de um conjunto de 65 imóveis em Brusque, Guabiruba e Nova Trento que pertencem à Buettner, tradicional indústria têxtil da região que teve a falência decretada em 2016.
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Os bens, que incluem terrenos e o antigo complexo fabril, estão avaliados em R$ 141,6 milhões. Nova tentativa de venda foi marcada para 10 de dezembro, com lances mínimos de 75% deste valor – o equivalente a R$ 105,8 milhões.
É praxe em leilões deste tipo, ainda mais com bens de alto valor de avaliação, investidores segurarem o ímpeto e aguardarem a segunda praça, de olho em descontos. Justamente por isso o resultado não surpreendeu a leiloeira Elizabete Ubialli.
De acordo com ela, no entanto já houve consultas por alguns imóveis, inclusive de investidores japoneses e chineses que estariam em busca de um parque fabril no Brasil que permitisse o início imediato da operação a partir de 2020, mas nada muito concreto.
A Buettner foi fundada em 1898 em Brusque e se tornou um dos ícones da indústria de produtos de cama, mesa e banho de Santa Catarina. Mas, como outras empresas centenárias do setor que tiveram seus anos de glória, sucumbiu às crises, agravadas pela concorrência chinesa.
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A recuperação judicial, concedida em 2011, se transformou em quebra um ano depois. A Justiça chegou a anular a medida, mas novo decreto de falência foi publicado em 2016. Atualmente, parte das instalações da companhia são alugadas por outra operação têxtil.