O primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita na TV no segundo turno de Blumenau deu o tom do que deve ser a reta final da disputa pela prefeitura. Tanto Mario Hildebrandt (Podemos) quanto João Paulo Kleinübing (DEM) abriram os programas que foram ao ar nesta sexta-feira (20) agradecendo pelos votos que receberam no domingo passado. Mas na sequência deram pistas das estratégias de campanha daqui em diante.

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O atual prefeito ressaltou que o discurso não mudará. Hildebrandt reforçou a linha da propaganda do primeiro turno: mostrar o que fez no período de dois anos e meio em que comanda Blumenau e o que fará se o eleitor lhe conferir novo mandato de mais quatro anos. Com 42% dos votos válidos no primeiro turno, o candidato à reeleição relarga com ampla vantagem. A ele não interessa o confronto direto. Tanto que citou nominalmente os outros 10 adversários que ficaram pelo caminho, citando que suas ideias podem ser aproveitadas.

No caso de Kleinübing, ficou bem claro – sem nenhuma surpresa – qual será o grande obstáculo a ser vencido pelo ex-prefeito. Em um trecho do programa, o candidato conversa com um jovem que o questiona sobre seu envolvimento na Operação Tapete Negro, deflagrada em 2012 para investigar supostas irregularidades em obras de infraestrutura da prefeitura. Kleinübing responde que as acusações foram rejeitadas e ele, inocentado.

Ambos também falaram sobre a relação entre pandemia e economia, tema que tem tudo para ganhar mais força até o dia 29 diante do novo pico de coronavírus na cidade. Hildebrandt citou ações tomadas pela área de saúde e ressaltou o plano de retomada econômica, com o Programa Juro Zero. Já Kleinübing falou em testagem em massa, vacina para a população – quando houver disponibilidade – e que fechar a cidade, em alusão a um lockdown, não é opção. Neste ponto, tanto um quanto outro sinalizam ao eleitorado que, ao menos neste momento, são contrários a novas medidas de restrições a atividades.

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Por outro lado, ao menos uma pauta evidencia um conflito de posicionamento entre os dois: o transporte coletivo. Kleinübing não tocou no assunto no programa desta sexta-feira, mas já vinha criticando nas redes sociais a redução do número de linhas e aglomerações registradas em ônibus. Hildebrandt, por outro lado, lembrou na TV que medidas restritivas fizeram despencar o número de usuários e que “nesse cenário, falar que o transporte coletivo está ruim é a saída mais fácil”.

Os próximos dias revelarão se a temperatura até então amena será elevada.

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