O Tribunal de Justiça de Santa Catarina suspendeu a assembleia que definiria o novo presidente da Teka, inicialmente marcada para segunda-feira, dia 20. A decisão da segunda Câmara de Direito Comercial, publicada na quinta-feira desta semana, atende a pedido feito pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), um dos credores da companhia têxtil, que alegou que não houve divulgação antecipada dos nomes e das credenciais dos candidatos ao cargo.
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O desembargador Robson Luz Varella, relator do caso, concluiu que o processo feriu “a necessária transparência”, retirando dos credores “a efetividade de exercício do direito de escolha, pois tão somente no momento da assembleia poderão tomar conhecimento dos pretendentes ao encargo, restando suprimida a possibilidade de análise anterior de seus currículos e experiências pretéritas”. Ele também determinou que eventuais interessados tenham acesso à lista de concorrentes pelo menos 10 dias antes de uma nova assembleia, em data a ser marcada.
O mesmo desembargador havia determinado, em janeiro, a convocação de assembleia para que credores da Teka escolhessem o substituto de Frederico Kuehnrich Neto, afastado da presidência da empresa por decisão judicial. Pelo menos dois nomes formalizaram o interesse em exercer a função: a gestora judicial Fabiane Paula Esvicero, que já atua na empresa, e o administrador Luiz Cezar Vasques Rodrigues, ligado a um grupo que trabalha com companhias em dificuldades financeiras.