O juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul, determinou o afastamento da atual gestão e de membros do conselho de administração da Teka, gigante têxtil de Blumenau. O despacho, publicado na quinta-feira (11), representa um novo capítulo na turbulenta trajetória recente da companhia, que está em recuperação judicial desde 2012 e cuja gestão, nos últimos anos, tem sido alvo de interferências externas.

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A decisão atendeu a um pedido do advogado Pedro Cascaes Neto, novo administrador judicial da Teka. À Justiça, o escritório dele, Leiria & Cascaes, também de Blumenau e que assumiu a função há cerca de um mês, apontou o que seria uma série de problemas da atual gestão e na condução do processo de recuperação.

A lista inclui o crescimento do endividamento da companhia, falta de regularização de impostos, ausência de critérios para pagamento de dívidas, imprecisão de informações que deveriam ser públicas – pelo fato de ser uma empresa de capital aberto – e dificuldades relatadas pelo sindicato dos trabalhadores e ministérios públicos estadual e do trabalho na comunicação com a diretoria.

O despacho determina ainda a convocação de uma nova assembleia geral de credores, que ficará responsável pela escolha de um novo gestor para a Teka. Segundo o juiz, isso deve acontecer no prazo máximo de 120 dias. Até lá, a gestão da empresa ficará a cargo de Cascaes Neto, que será auxiliado por Rui Otte, profissional de mercado que já teve passagem pela Karsten.

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O magistrado ainda deu prazo de 60 dias para a realização de uma auditoria externa independente, que deverá apurar a real situação econômica da Teka e o valor de todo o passivo da empresa.

De acordo com comunicado ao mercado publicado nesta sexta-feira (12), já assinado pelo escritório Leiria & Cascaes, a decisão judicial inclui o afastamento da atual gestora judicial da Teka, Fabiane Paula Esvicero, que atuava na empresa desde 2017, e de três membros do conselho administrativo – Cid Bernardt Rodrigues, Alexandre Marcos de Almeida e Marcelo Roberto Cabral Reinhold. A coluna tenta contato com os envolvidos para contraponto. O espaço está aberto.

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