O esperado anúncio oficial ainda não veio. Em visita ao Complexo do Sesi em Blumenau na manhã desta terça-feira (2), o governador Jorginho Mello (PL) reiterou que o Estado tem interesse em ajudar a prefeituta a municipalizar o espaço, mas evitou dar prazos para efetivar a operação.
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Em uma entrevista, logo que chegou ao Sesi, Jorginho disse que o governo vem mantendo tratativas com a Fiesc. E revelou que uma nova alternativa para viabilizar o negócio foi colocada na mesa.
A concretização passaria por uma permuta. Segundo Jorginho, a Fiesc tem interesse em um imóvel em Joinville. A ideia é dar essa área para abater o valor do Sesi — estipulado em R$ 31,3 milhões. Pelo que a coluna apurou, este espaço deve valer menos. Ainda seria necessário uma compensação financeira para completar o montante.
Relembre
A ideia de municipalizar o Sesi é antiga. Em 2005, quando o atual secretário de Turismo de Blumenau, Marcelo Greuel, era presidente da Fundação Municipal de Desportos (FMD), o assunto já tinha vindo à tona. Nesta década, o tema voltou a aflorar após a decisão do Sesi de não mais alugar o estádio para o futebol profissional, deixando Metropolitano e BEC sem casa — um jogando em Ibirama, no Alto Vale, e outro em Indaial.
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Em 2021, após uma sondagem da Câmara de Vereadores sobre um eventual compra do Complexo Esportivo, o debate voltou a ser posto à mesa. E com um fator extra: a municipalização do Sesi tinha o interesse da própria Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). A partir daí, iniciaram-se as articulações até que em julho de 2022 o Conselho Nacional aprovou a venda por R$ 31,3 milhões.
De lá para cá, porém, uma série de entraves burocráticos — e políticos — frearam a confirmação da compra. No apagar das luzes do mandato em 2022 e sem se reeleger, o ex-governador Carlos Moisés vetou o dinheiro para a compra do Sesi. Deputados de Blumenau e região tentaram se movimentar para derrubar o veto, porém sem sucesso. O assunto não evoluiu ao longo de 2023 e chegou-se à época, até, a cogitar uma permuta para agilizar o negócio.
Agora, a pouco menos de seis meses das eleições, o acordo está sacramentado e Blumenau caminha para ter o Sesi para si.
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