No cabo de força das negociações da campanha salarial dos servidores municipais de Blumenau, os dois lados, prefeitura e trabalhadores, têm algo a comemorar. O poder público, ainda com o caixa apertado, celebra mais: vai poder financiar em quatro vezes – três parcelas menores neste ano (0,75% em agosto e outubro e 1,5% em dezembro) e a última, maior (2,07%), só em janeiro – a reposição do INPC à folha do funcionalismo. Terá, com isso, um impacto financeiro de apenas R$ 3 milhões até o fim de 2019, bem abaixo dos R$ 25 milhões projetados caso os 5,07% fossem repostos de uma só vez a partir de maio, data-base da categoria.
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Os servidores, por sua vez, deram demonstração de força e resistência. Não aceitaram a proposta inicial da prefeitura, que queria pagar os 5,07% só a partir de 2020, e conseguiram negociar condições um pouco mais favoráveis à categoria. Ao aceitarem o novo acordo, garantiram também a antecipação da primeira parcela do 13ª salário, que sai nesta sexta-feira – um montante de cerca de R$ 15 milhões.
Embora esse adiantamento no meio do ano já seja tradição, havia a possibilidade de o cronograma sofrer riscos caso as negociações não tivessem avançado. O governo do Estado, por exemplo, que também encara cenário financeiro desafiador, ainda não tem previsão de quando terá orçamento para fazer o depósito da primeira metade do 13º dos servidores estaduais.